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Em desabafo, Sharon Stone revela que 'luta contra a Aids’ custou sua carreira; entenda

Durante entrevista, a atriz e modelo contou sobre os desafios que teve de enfrentar durante os oito anos que não conseguiu papel em nenhuma produção

Maiza Santos

Sharon Stone concedeu uma entrevista onde falou sobre um dos momentos mais delicados da carreira, quando ficou oito anos sem conseguir trabalhar por lutar ativamente contra a aids em uma instituição. A modelo e atriz de 64 anos desabafou sobre os impactos do posicionamento tão polêmico perante a indústria audiovisual. Confira.

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Famosa pelo ativismo no combate à Aids, Sharon contou que não conseguia papéis para atuar em nenhuma produção. Ela substituiu a falecida amiga e também atriz Elizabeth Taylor como presidente honorária da AmfAR (Fundação de Pesquisa da Aids) após ter sido procurada pelos executivos da instituição, em 1995.

“Tive que ocupar um lugar muito grande como o de Elizabeth Taylor. Eu tinha muitas responsabilidades como substituta na AmfAR. Quando me procuraram, pensei: ‘Eu estou à altura de substituir Elizabeth?’”, relembrou. Sharon disse, ainda, que foi alertada por sua então empresária, Cindy Berger, sobre os possíveis problemas que teria profissionalmente caso assumisse o cargo na fundação. “Ela me disse: ‘Se você fizer isso, destruirá sua carreira’”, afirmou.

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A atriz disse que era um tabu falar sobre a doença. “É preciso lembrar que naquela época, em meados da década de 1990, não se podia falar sobre Aids. Então eu disse a ela: 'Eu sei, você vai me matar, mas eu vou fazer isso'”, contou.

Após assumir o cargo de presidente na fundação por três anos, Sharon foi atacada por inúmeras pessoas e chegou até mesmo a ser ameaçada pelo trabalho em prol das pesquisas no combate à Aids/HIV. 

“Eu não tinha ideia da resistência, crueldade, ódio e da opressão que enfrentaríamos... Foi assim por 25 anos, até que tivéssemos remédios contra a Aids sendo anunciados na TV como temos anúncios de refrigerante. Isso destruiu a minha carreira. Não trabalhei por oito anos. Disseram que se eu falasse em 'camisinha' novamente qualquer verba seria removida. Fui ameaçada várias vezes e decidi que tinha que continuar mesmo assim”, confessou emocionada.

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Mesmo diante de todos os desafios que precisou enfrentar, a atriz, com mais de 60 filmes e uma indicação ao Oscar, disse não se arrepender do posicionamento que tomou. Ela também destacou que a Aids custou a vida de 40 milhões de pessoas antes dos antirretrovirais terem sido introduzidos. “Agora 37 milhões de pessoas vivem com HIV de forma saudável”, declarou a atriz, enquanto enxugava as lágrimas.

(*Estagiária Maiza Santos, sob supervisão da editora de OLiberal.com, Ádna Figueira)

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