Dira Paes comemora retorno em ‘Ó Paí, Ó 2’ e destaca a diversidade do cinema brasileiro
A atriz paraense vai estrear nos cinemas hoje com o filme sequência aguardado há 15 anos pelos fãs
Nesta quinta-feira (23), os cinemas de todo o País recebem o aguardado “Ó Paí, Ó 2”, sequência de filme que conquistou o coração do público há 15 anos. Com um elenco praticamente inalterado, a atriz Dira Paes, que participou das gravações do primeiro longa, está de volta às telas interpretando a personagem Psilene, e compartilhou suas expectativas para o lançamento em uma entrevista exclusiva ao Grupo Liberal.
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Dira contou que o convite para a primeira edição de “Ó Paí, Ó” veio por meio da diretora Monique Gardenberg, e desde então, a atriz carrega estima pelo filme. “O público não esquece de ‘Ó, Paí, ó’”, diz, revelando a alegria ao receber o pedido para que participasse da sequência.
Assista ao trailer:
O retorno de personagem de Dira Paes ao Pelourinho, em Salvador (BA), está unida à história de Roque (Lázaro Ramos) que se prepara para lançar sua música e está confiante de que a carreira como cantar vai deslanchar. Enquanto isso, o cortiço de Dona Joana (Luciana Souza) continua agitado em meio a fofocas e confusões entre os novos moradores e vizinhos. Mas, não será fácil e, diante das adversidades que essa grande família enfrenta, eles se unem ainda mais e, juntos, mostram que a força está na coletividade, com uma mensagem de resistência e empoderamento negro.
Questionada sobre sua personagem, Dira destacou que Psilene possui uma conexão afetiva com o público, que acabou criando apreço pelo papel interpretado pela atriz ao longo dos anos. "A Psilene é uma personagem que o público sempre lembra, e isso me dá muito orgulho", afirmou a artista.
A atriz, que é paraense, destaca a influência da "baianidade" em sua interpretação no longa-metragem, ressaltando a riqueza musical presente tanto na Bahia quanto no Pará. A musicalidade é um ponto de união entre esses estados, e Dira acredita que a alegria da música é uma característica marcante de sua personagem.
“Nós somos ambos uns Estados muito musicais. Eu acho que essa alegria da música é um ponto da gente, e isso foi ótimo para mim. Já a Psilene tem um jeito caboclo que eu gosto também, que eu acabei deixando que acontecesse nela”, revelou Dira Paes.
Sobre a diversificação do cinema brasileiro, Dira Paes destaca a importância de olhar para o Brasil por meio de suas regionalidades. "A palavra, sem dúvida, é a diversidade", afirma a atriz.
Para Dira, essa diversidade é uma vantagem que o cinema brasileiro precisa explorar cada vez mais, tornando-o o mais universal possível. “É uma vantagem que a gente tem e que a gente precisa usar cada vez mais nas telas, a nossa diversidade de biomas, de pessoas, de histórias, de origens, então, nesse sentido, eu acho que a potência audiovisual do Brasil é realmente gigante”, complementou.
Próximos trabalhos
Além de seu papel em "Ó Paí, Ó 2", Dira Paes também compartilhou detalhes sobre seu trabalho no filme "Manas", gravado em Belém no ano passado. Descrevendo o filme como "lindíssimo" e tocando em temas delicados, ela expressa sua empolgação e espera que "Manas" seja destaque em grandes festivais em 2024, consolidando-se como um dos grandes filmes do próximo ano.
“O filme ficou fantástico, então, nós esperamos e estamos torcendo para que ‘Manas’ possa estrear em um grande festival ano que vem e depois ir para as telas do Brasil. Estamos na expectativa que o filme seja um dos grandes [lançamentos] de filme de 2024”, declarou a atriz.
Neste novo longa-metragem, Dira ajuda a contar a história de Marcielle, uma menina de 13 anos que vive em uma casa de palafitas às margens do rio com seus pais e três irmãos. Adolescente forte e espirituosa, a protagonista luta para salvar a si mesma e a sua irmã mais nova do abuso sexual do seu pai e da exploração nas balsas. Em uma comunidade que fecha os olhos para esses crimes, elas vão desafiar um destino difícil de escapar.