Confira cinco obras cinematográficas do legado de Arnaldo Jabor

Arnaldo Jabor tem uma extensa carreira dedicada ao cinema, ele dirigiu sete longas, dois curtas e dois documentários

O Liberal

Roteirista e diretor apaixonado por cinema, Arnaldo Jabor tem uma extensa carreira dedicada ao cinema, ele dirigiu sete longas, dois curtas e dois documentários. Além de atuar como cronista e jornalista. Jabor morreu na madrugada desta terça-feira (15), aos 81 anos. Ele estava internado Hospital Sírio-Libanês, na região central da cidade, desde dezembro, quando sofreu um acidente vascular cerebral (AVC).

O jornalista, que se formou no campo do Cinema Novo, participou da segunda fase do movimento e ficou conhecido por retratar questões políticas e sociais do Brasil inspirado no neorrealismo italiano e na nouvelle vague francesa.

Preparamos cinco obras de Arnaldo Jabor que vale a pena ser conferida: 

1965 - O Circo (curta-metragem)

Primeiro trabalho do jornalista e cineasta, o documentário acompanha um grupo de saltimbancos e sua caravana pelos subúrbios do Rio de Janeiro, mostrando a vida lírica desses artistas em sua profissão milenar. Aborda ainda a situação dos circos no Brasil, com depoimentos de atores e atrizes, alguns hospedados no Retiro dos Artistas (RJ).

1973 - Toda Nudez Será Castigada

A obra ganhou o Urso de Prata, no Festival de Berlim e o Kikito de Ouro de Melhor Filme, no Festival de Gramado. Foi lançado em dezembro de 1972, produzido pela Produções Cinematográficas Roberto Farias, baseado na peça de teatro homônima de Nelson Rodrigues. 

1975 - O Casamento 

Ganhou o Prêmio Especial do Júri, no Festival de Gramado. Foi , por O Casamento (1975). O senhor Sabino, um rico industrial da construção civil, nutre um amor incestuoso pela filha Glorinha de 18 anos, que vai se casar em dois dias. O médico da família diz que o futuro genro foi visto beijando outro homem na boca. Glorinha, ao saber das denúncias, faz um retrospecto doloroso de seus 18 anos de sexo, violências e dilemas, com flashbacks e ações entrelaçadas, que fazem aparecer as verdades que se escondem sob a aparente felicidade burguesa: injustiças, perversões sexuais, adultérios e crimes. O roteiro também é baseado na obra homônima de Nelson Rodrigues.

1978 - Tudo Bem 

A obra ganhou o Candango de Melhor Filme, no Festival de Brasília. Em novembro de 2015 o filme entrou na lista feita pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos.

1986 - Eu Sei que Vou Te Amar 

Conta a história de um casal que decide fazer um jogo da verdade sobre a história da vida deles, um para o outro, em uma espécie de sessão de psicanálise filmada. É protagonizado por Fernanda Torres e Thales Pan Chacon.

O filme participou do tradicional Festival de Cannes, onde foi selecionado para a mostra principal, concorrendo à Palma de Ouro de Melhor Filme. Fernanda Torres recebeu o prêmio de melhor interpretação feminina em Cannes, tornando-se a primeira atriz brasileira a vencer esse que é um dos mais prestigiados prêmios de cinema do mundo.

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