Adidas rompe contrato com Kanye West após comentários contra judeus: 'Inaceitáveis’
A marca decidiu encerrar a parceria que estava prevista para durar, pelo menos, até 2026 após o rapper fazer publicações contra a comunidade judaica
A Adidas rompeu o contrato bilionário com o cantor Kanye West, ou “Ye”, como também é conhecido. A decisão da marca de roupas esportivas foi publicada nesta terça-feira (25) e tomada após diversos comentários e comportamentos do rapper, especialmente contra o povo judeu, que iam contra os valores da marca alemã.
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Desde o início de outubro, a Adidas já estava reavaliando a parceria com o rapper, devido a posicionamentos polêmicos do cantor e críticas às ações comerciais da empresa. No dia 9, durante o desfile da Semana de Moda em Paris, West ironizou o movimento “Black Lives Matter” utilizando uma camisa com a frase “White Lives Matter”, ou “Vidas Brancas Importam”.
Em nota, a marca esportiva classificou as ações do rapper como discurso de ódio e condenou os recentes comentários contra judeus. “A Adidas não tolera antissemitismo e qualquer outro tipo de discurso de ódio. Os comentários e ações recentes de Ye foram inaceitáveis, odiosos e perigosos, e violam os valores da empresa de diversidade e inclusão, respeito mútuo e justiça”, disse.
Com o rompimento do contrato, os tênis da marca “Yeezy”, assinados por Kanye West, deixarão de ser produzidos pela marca. Ainda no comunicado, a empresa reconheceu o prejuízo com o fim da parceria bilionária.
“Espera-se que isso tenha um impacto negativo de curto prazo de até € 250 milhões [em torno de R$ 1,3 milhão] no lucro líquido da empresa em 2022, dada a alta sazonalidade do quarto trimestre”, declarou a Adidas.
(Estagiária Juliana Maia, sob supervisão da editora web de OLiberal.com, Vanessa Pinheiro)