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Cantora Nazaré Pereira recebe prêmio inédito na França pelo conjunto da obra

A artista é a primeira cantora brasileira a receber a distinção da Sociedade de Autores, Compositores e Editores de Música, na França

Abílio Dantas

A cantora Nazaré Pereira, artista paraense radicada na França desde os anos 70, é a primeira cantora brasileira a receber o prêmio Louis Ganne de Música Cantada pelo Conjunto da Obra, distinção concedida pela Sociedade de Autores, Compositores e Editores de Música (Sacem), associação francesa de gerenciamento de direitos autorais fundada em 1851.O anúncio público da premiação foi feito na última segunda-feira, 19, embora a decisão já estivesse comunicada desde abril deste ano. A premiação traz ainda mais reconhecimento para a carreira de Nazaré Pereira, que teve como parceiros grandes nomes, como o Rei do Baião, Luiz Gonzaga.

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"Estou muito emocionada por receber o Prêmio Louis Ganne de música cantada. É um grande privilégio estar entre os talentosos artistas premiados ao longo dos anos”, afirma Nazaré Pereira. De acordo com ela, o maior motivo de orgulho em sua trajetória é o fato de ter conquistado lealdade do público. Nazaré Pereira é membro da Sacem desde 1979 e possui 45 anos de carreira.

A artista é natural da cidade de Xapuri, no Acre, e passou a infância no distrito de Icoaraci, em Belém. Nos anos 70, a então atriz e diretora teatral conseguiu uma bolsa de estudos em Nanci, na França, e de lá partiu para Paris, para fazer pós-graduação na Universidade de Sorbonne. A música entrou quase que por acaso e como um ganha-pão na vida de Nazaré, que conseguiu lançar seu primeiro compacto em 1978, depois de mostrar sua versão da música Cheiro de Carolina, de Luiz Gonzaga, para o dono de uma gravadora francesa.

Contando hoje com mais de quatro décadas de carreira musical e quase duas dezenas de álbuns em sua biografia, Nazaré Pereira já cantou ao lado de grandes nomes da música brasileira, como Maria Bethânia, Chico César e o já citado Luiz Gonzaga, com quem, inclusive, é parceiro de composição com a música Acre Doce.“Almejo gravar um grande DVD sobre toda minha história musical e a beleza da nossa região. E falar de todo itinerário pelos caminhos desta vida”, adianta a artista, em entrevista concedida à TV Liberal em janeiro deste ano.

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O mais recente álbum de Nazaré Pereira, “Meus Caminhos, Meu destino”, lançado em 2020, foi produzido pelo guistarrista e produtor Léo Chermont, que foi responsável pela direção do 20º disco da artista. Para ele, Nazaré é merecedora do reconhecimento simbolizado pelo prêmio francês. “O disco que fizemos com a Nazaré foi um projeto bem grande, bem legal, em que pudemos ter tempo para escolher repertório, escolher os compositores, o que ela já tinha trabalhado e os que ela ainda não tinha trabalhado, e fizemos um disco super atual. com o melhor que tínhamos na cidade e fora da cidade. Fui para a França gravar esse disco com ela. A Nazaré construiu uma carreira muito linda na Europa, ela é uma cidadã europeia, abriu muitas portas para a música brasileira. Ela é um pilar da Amazônia. Ela receber esse reconhecimento é super legal, é muito válido para a utoestima do artista, do cantor. Ela merece mesmo porque ela está até hoje lá batalhando para que as coisas aconteçam“.

Alguns dos álbuns produzidos por Nazaré Pereira são “Natureza” (1980), “Caixa de sol” (1981), “Écout le Carnaval” (1982), “Nazaré, Ses Plus Belles Chansosn” (1984) e “Para Belém, Rhithmos de L' Amazonie” (1988).

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