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Cantora Fátima Guedes volta a Belém após oito anos para realizar show 'Poder da Lira'

Artista renomada do MPB traz espetáculo que conversa sobre a "regeneração do Brasil nos próximos anos"

Gabriel Bentes | Especial para O Liberal

De volta a Belém após oito anos, a cantora carioca Fátima Guedes realiza o show “Poder da Lira”, na noite desta quarta-feira (23), às 20h, no Teatro Margarida Schivassapa, no bairro Batista Campos. O espetáculo é composto por um repertório inteiramente autoral, e terá a participação dos músicos Ziza Padilha, Adelbert Carneiro, Keleber Benigno e Johab Quadros. Os ingressos para o show estão pelo valor de R$ 100,00, a inteira, e R$ 50,00, a meia, e podem ser encontrados na BIlheteria Sympla.

“O show é basicamente uma conversa sobre a nossa regeneração, e a regeneração do Brasil nos próximos anos. As canções vão costurar reflexões cheias de afeto e cidadania”, conta a cantora. Sobre o que o público pode esperar do show, ela diz: “Músicas antigas, músicas inéditas para a gente chorar, rir e pensar. Com aquele capricho de sempre e muito bom humor. Esse é o nosso poder. Assim é o ‘Poder da Lira’”. 

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Com shows por várias cidades do Brasil, o retorno da artista à capital paraense é uma oportunidade para os fãs matarem a saudade após o show de 2017, intitulado “Tanto que aprendi de amor”, no Teatro da Paz, e se encantarem mais uma vez com o trabalho de Fátima. 

História de Fátima Guedes

Entusiasta da Música Popular Brasileira (MPB), a cantora iniciou a compor aos 15 anos, e aos 18 já tinha uma linguagem amadurecida. Gravada por grandes nomes como Elis Regina, Maria Bethânia, Nana Caymmi, Alcione, Leny Andrade, Beth Carvalho, Ney Matogrosso, Alaide Costa, Jane Duboc, entre outros, a artista detém de um acervo com mais de mil composições, sendo ao menos 400 inéditas, onde vigoram o ecletismo e o bom gosto.

Com mais de 50 anos de carreira, Fátima Guedes construiu um extenso portfólio durante sua trajetória na música. Álbuns como “Transparente” (2015), “Meus Momentos” (1994) e “Prá Bom Entendedor…” (1993) são alguns dos grandes sucessos da artista, onde pôde cantar junto de cantores como Djavan, Simone e Guinga. 

No início da década de 1990, Fátima foi morar em Los Angeles, nos Estados Unidos, onde realizou apresentações em casas de jazz, e retornou ao Brasil no ano seguinte. A cantora aprimorou seu canto buscando tonalidades mais graves e tornou-se também professora, ministrando aulas e cursos.

Chamado aos palcos

Em entrevista à revista Prosa Verso e Arte, em fevereiro deste ano, a cantora revelou que no início desejava apenas ser compositora. No entanto, um chamado maior, o canto e o palco, fez com que o rumo da sua vida fosse para outro lado. 

“Eu comecei a cantar porque eu fui sendo levada para o show. Queria poder trabalhar para criar canções para os cantores, mas aí as coisas foram acontecendo e fui sendo conduzida para o palco. Comecei, então, a ficar apaixonada pelo palco, pois o palco é apaixonante. Esse contato direto com a plateia, esse olho no olho, essa coisa de trabalhar e concluir o pensamento de uma audiência, roteiro meticulosamente caprichosamente concluída. Comecei a estudar minha performance no palco a partir da observação do trabalho de meus colegas, técnicas de voz, tanto que acabei virando professora. Hoje a gente tem alunos na oficina de canto brasileiro”, explicou a cantora.

Novo projeto

Ela revelou ainda que está trabalhando em um disco novo: “Estou começando a fazer um CD somente com músicas inéditas, tudo novo, zero bala”. O possível próximo projeto, no entanto, ainda não tem data para ser lançado, e inclusive ela ressalta essa informação de que não se sente mais pressionada a estar sempre criando algo para se manter na mídia. “Estou num momento de minha vida em que ficar produzindo e conduzir certa autocobrança não faz mais sentido. Essa cobrança que a gente faz da gente mesmo, que é ter que ficar fazendo [novos trabalhos], é uma mentalidade muito capitalista. Eu, a minha vida inteira, fiquei me achando devedora de produzir ainda mais. Estou começando a descobrir outras facetas de uma vida mais interna”, disse Fátima.

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