Cantora Camila Honda lança novo single e videoclipe

A cantora paraense Camila Honda apresenta para o público nesta quinta, em todas as plataformas musicais seu mais novo single “Onde Nasce a Água”. Composta antes da pandemia, a música aguardou seu próprio tempo para ser gravada e apresentada em clipe, que será divulgado na próxima segunda (18). A pandemia transformou Camila em uma artista mais madura, imprimindo sua assinatura não apenas como cantora e compositora, mas também como diretora artística.

Segundo a cantora, esse novo momento representa ainda mais sua identidade. “É como se eu mesma me desse agora mais permissão para estar e abraçar o meu trabalho como um todo”, afirmou. "Eu hoje escolho cada lugar onde canto, pois não faz sentido estar onde não é verdade pra mim. Minha música traz o que acredito, minha verdade é onde quero estar", declarou a artista.  

A maturidade da cantora veio alinhada ao seu propósito de vida, não apenas na carreira. Desde a consciência da alimentação saudável, passando pelo cuidado com o corpo, mente, espírito e seu alinhamento respeitoso à natureza, Camila se coloca sendo fiel a si, honrando sua ancestralidade. “No meio dessa pandemia houve toda a reestruturação da minha vida, e essa energia da água já estava me vindo e trazendo a vontade de fazer um disco. Então fui amadurecendo isso. E em tantas revoluções pedi exoneração do meu trabalho de arte-educadora na prefeitura de Belém e tomei a decisão de fazer esse disco.” Contou.

Sobre os desafios de gravar uma música durante a pandemia, Camila ressalta que não é fácil. “Não é um processo simples, envolve uma série de custos e logística, ou seja é desafiador. Todos nós nos adaptamos em diversos sentidos, atravessando sérias questões de saúde. O estúdio teve que interromper e depois reduzir o seu fluxo de pessoas, os encontros não foram possíveis por bastante tempo. A gravação do videoclipe foi complicada. Meu sonho era levar nossas avós para a locação original (uma ilha que se forma na baía no caminho para Boa Vista do Acará, quando a maré está vazando), mas isso se tornou impossível porque gravamos antes da vacinação e mesmo com todos os cuidados que tivemos nessa locação, achamos que o cuidado deveria ser redobrado para as idosas, mesmo transferindo a gravação delas para as suas residências”, explicou.

Vale destacar ainda que o novo single trouxe de volta um antigo parceiro de música, Manoel Cordeiro, que assume os arranjos, regências, violões, guitarra e produção. A escolha segue honrando a carreira de Camila, já que Manoel conhece todo o seu o percurso desde o início. E não apenas isso. A artista também conta que é o violão de cordeiro que lhe chega quando ela pensa em um som de água. “Eu considero que ele tem o som das beiras, um som litorâneo, que mescla referências do Caribe, África, assim como lusitanas e brasileiras, amazônida, então ele me veio nesse sentido.” explica.

A artista continua, “ele (Manoel Cordeiro) me falou que esse é um trabalho nosso. Então é muito de nós dois mesmo, intimista. Além de toda a situação de estado gravíssimo que ele teve com a covid, que ele enfrentou e nós atravessamos isso. Atravessamos todas as dificuldades de se produzir um álbum nesse tempo, sem patrocínio, produzido aos pouquinhos, do jeito que a gente pode.” analisou.

Gravado em Belém por Assis Figueiredo, mixado em São Paulo por Klaus Sena e masterizado em Miami por Felipe Tichauer, o processo de gravação do single teve seu. Camila Honda garante que todo o processo é muito terno e repleto de admiração e gratidão por Cordeiro, a quem considera um grande mestre da música. Uma relação de carinho e bem-querer construída pela dupla e que pode ser sentida neste trabalho.

“O lançamento desse single e videoclipe são uma grande celebração! Celebração da vida mesmo, de estarmos com saúde trazendo arte para o mundo, tocando as pessoas, sendo tocados pelos acontecimentos, vivendo com pé no chão e humanidade”, concluiu a artista.