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Cadê a mulherada no comando das aparelhagens? Dj Méury fala de machismo e falta de espaço

DJ Méury diz que estava sentindo falta desse questionamento, uma vez que pela própria contagem da artista a cada 10 DJs no Pará, duas são mulheres.

O Liberal

Que o mundo das aparelhagens representa a cultura do Pará e cada vez mais vem ganhando notoriedade fora do circuito do estado, não é novidade. Mas em meio a esse crescimento e reconhecimento como identidade cultural vale questionar a falta da presença de mulheres DJs no comando das aparelhagens. Diante disso, o videocast Chá de Canela convidou a DJ Méury para responder o tema do episódio da semana: "Cadê a mulherada no comando das aparelhagens?"

O episódio fica disponível nesta terça-feira (18), ao meio-dia, pelas plataformas de streaming do Grupo Liberal: Libplay e Youtube. E pelas principais plataformas de streaming como spotify, deezer e outros.

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A paraense DJ Méury, de Cametá, diz que estava sentindo falta desse questionamento há um tempo, uma vez que pela própria contagem da artista a cada 10 DJs no Pará, duas são mulheres. Ela destaca que essa quantidade se deve a falta de espaço e incentivo às mulheres no segmento. “A gente sabe que há machismo nesse nosso meio, pois os homens predominam. Nós já até tivemos Djs mulheres à frente de aparelhagens, como a Dj Ágata e Potência, mas os homens predominam nesse espaço”, destaca a artista.

Méury pontua que por meio do seu trabalho já conseguiu ultrapassar várias barreiras e conseguiu levar a música das aparelhagens para fora do Brasil, em Nova York. E adianta que ainda este ano fará uma nova tour internacional com a música do Pará. “Ainda não posso dar detalhes, mas já tem algo previsto para este ano”, adianta.

Sobre a possibilidade de comandar alguma aparelhagem, Méury explica que nunca foi convidada, mas que independente disso ela disse que já trilhou a carreira de forma independente e que não pensa nessa possibilidade. “No meu caso não é vantagem ficar presa a uma aparelhagem, pois eu gosto de ter minha rotina independente e o compromisso com a aparelhagem exige uma rotina diferente da que eu levo, mas é muito importante que as mulheres também ocupem esses espaços”, explica a artista.

Dj Méury começou o interesse pelas batidas aos 15 anos, com um amigo DJ. Por curiosidade começou a operar as máquinas e, na sequência, passou a compor as músicas, o que faz a diferença no trabalho da Dj paraense, que já tem uma coleção de grandes hits como 'Boquinha do animal', 'Eta menina danada', 'O águia chegou', e as versões que cria para as músicas de artistas de fora como “Novinha”, “Poc Poc” e também em participações em canções de artistas como Viviane Batidão.

Ainda durante a conversa no Chá de Canela, a DJ falou também de “treta” com um DJ paraense, de trabalhos questionados e da forma como conduz seu trabalho como artistas. Para acompanhar a conversa é só acessar o episódio pelas plataformas de streaming do Grupo Liberal: Libplay e Youtube. E pelas principais plataformas de streaming.

Sobre o Chá de Canela

O Chá de Canela é um videocast que visa discutir temas pouco abordados ou assuntos tabus discutidos em roda de amigas, mas que acabam não ganhando visibilidade em meios tradicionais de comunicação. A iniciativa foi concebida pelas jornalistas Ana Carolina Matos e Bruna Lima, em 2020, ainda como formato de podcast.

Três anos depois, a iniciativa é ampliada para o audiovisual.Novos episódios são lançados toda terça-feira, ao meio-dia, na íntegra no LibPlay e redes de streaming como Deezer, Spotify e Apple Podcast, assim como nas redes sociais do projeto no Instagram, TikTok e Youtube.
Esta temporada tem parceria do Grupo Liberal.

Ficha técnica

Apresentação, roteiro e produção: Ana Carolina Matos e Bruna Lima
Produção audiovisual e edição: Neto Oneti

Cultura