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Bragança abre a 220ª Festividade do Glorioso São Benedito

Arraial do Pavulagem é uma das atrações culturais dessa que é a maior festividade religiosa do Nordeste do Pará

Redação Integrada

Nesta terça-feira, 18, inicia a 220ª Festividade do Glorioso São Benedito de Bragança, a maior manifestação religiosa e cultural do Nordeste Paraense, que atrai milhares de devotos e turistas. A programação segue com missas, novenas e atrações culturais até a procissão do Dia de São Benedito, 26. O Arraial do Pavulagem e o músico Toni Soares se destacam na agenda de shows do evento.

Às 4h30 da manhã é fincado ao lado da Igreja de São Benedito um mastro medindo cerca de 2 metros de altura e com frutas e flores amarrados a ele. Logo depois, os marujos e marujas (devotos que usam trajes característicos) dançam ao redor da igreja e reverenciam Jesus antes de entrar no templo, onde o vigário dá uma palavra aos fiéis. A missa de abertura acontece às 19h30, seguida do ensaio dos marujos e marujas no Barracão da Marujada.

Shows

Júnior Soares, um dos fundadores do Arraial do Pavulagem, é natural de Bragança, o que explica a forte influência da cultura local no repertório do grupo. "Grande parte da nossa música é contextualizada naquela cidade. Falamos da marujada, do retumbão, do xote, de Bragança, de São Benedito. Tocar onde está tão viva a mensagem da música é muito bacana, é como se tivesse tocando dentro da cena", afirma. "Fizemos shows memoráveis lá." 

No repertório desse novo show, que será na sexta-feira, 21, às 22h30, o Arraial do Pavulagem apresenta as músicas do novo CD "Caeté-Camará". Antes, às 21 horas, será realizada a Roda de Xote com a participação de vários artistas.

O primeiro show da Festividade de São Benedito acontece nesta quarta-feira, 19, com o Ministério de Música da RCC, grupo de jovens católicos da cidade, às 21 horas. Já no sábado, 22, às 23h30, se apresenta a banda Pimenta e Sal. E no domingo, 23, Toni Soares, a partir das 21 horas.

História 

A tradição da homenagem a São Benedito foi iniciada em 1798 por escravos urbanos da antiga Vila de Bragança, que obtiveram a permissão dos senhores e da igreja para festejarem o santo negro do Catolicismo, explica o professor Dário Benedito, doutorando em História.

O ponto alto da festividade é a procissão do dia 26, na qual a imagem do santo é conduzida em andor pelas ruas da cidade, encerrando com a missa celebrada pelo bispo diocesano Dom Jesus Maria Cizaurre Berdonce. 

"A procissão foi tombada como Patrimônio Artístico e Cultural do Estado do Pará, desde 2009", recorda. Ainda, a igreja em estilo barroco datada das primeiras décadas do Século XVIII é tombada como Patrimônio Histórico.

 

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