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Linn da Quebrada entra no 'BBB' com camiseta em homenagem a Anastácia, figura histórica do Brasil

Símbolo de resistência entre povos africanos, Anastácia foi canonizada em religiões afro-brasileiras

O Liberal

Depois de alguns dias de isolamento a mais por conta da covid-19, Linn da Quebrada, Jade Picon e Arthur Aguiar finalmente entraram na casa do "Big Brother Brasil 22" nesta quinta-feira, 20. Linn logo chamou a atenção pela escolha do look: uma camisa que ressignifica a imagem de Anastácia, uma mulher escravizada.

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Anastácia, mulher que estampa a camisa de Linn, se tornou um símbolo de resistência entre os povos africanos e foi canonizada em religiões afro-brasileiras. Sua imagem foi historicamente lembrada usando uma mordaça, em pintura feita pelo francês Jacques Etienne Arago, em 1817.

Na camisa de Linn a estampa é a obra "Anastácia Livre", do artista carioca Yhuri Cruz, onde a imagem de Anastácia é ressignificada, pintada sem a mordaça e com um sorriso no rosto. Em seu Instagram, Cruz contou sobre a parceria com a cantora. "Eu e Lina planejamos isso desde o meio de dezembro. Como alcançar os circuitos midiáticos com uma imagem de liberdade radical? Ela me convidou então para gente pensar uma camisa exclusiva para sua entrada no grande reality do Brasil! Muito feliz e orgulhoso por isso. Esse trabalho se chama 'Monumento à voz de Anastácia', é sobre monumentalização e massificação da liberdade. Hoje alcançamos a mídia de massa. Linn da Quebrada, minha torcida é sua meu amor! Te desejo a serenidade que conversamos horas antes do seu confinamento! Vai com tudo!", escreveu.


Em um post nas redes sociais, a equipe da cantora parafraseou o artista. "Anastácia Livre é uma viagem no tempo. É voltar ao passado e libertar essa mulher negra escravizada que veio do Congo no século XVIII e foi condenada à mordaça pelo resto da vida por lutar contra um homem branco que a violentou sexualmente. Se tornou a 'escrava santa' por sua firmeza, mas refém à uma iconografia colonial. Em Monumento à voz de Anastácia, trabalho que exponho hoje, ergo um monumento à voz dela. Uma voz negra, feminina, de luta pela existência".


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