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Autor da série ‘Sandman’ é acusado de abuso sexual por 8 mulheres

As acusações contra o Gaiman abrangem mais de 20 anos e foram feitas por mulheres que entraram em contato com ele ou para serem babás de seu filho ou como fãs de suas obras

Luciana Carvalho

Neil Gaiman, autor da série "Sandman", está sendo acusado de praticar atos sexuais violentos e sem consentimento por, pelo menos, oito mulheres. As acusações foram reveladas pela revista New York Magazine, que publicou uma reportagem nesta segunda-feita (13/01) com o relato das vítimas. 

Segundo as investigações da revista, uma das vítimas de Gaiman, Scarlett Pavlovich, viajou para Atlanta em dezembro, para encontrar outras mulheres que acusam o autor de violência sexual. Antes de as acusações se tornarem públicas, elas não se conheciam. Desde então, as vítimas conversam em um grupo de WhatsApp.

“Foi como conhecer sobreviventes do mesmo culto. É impossível entender a menos que você estivesse lá”, disse outra vítima, Kendra Stout.

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As acusações contra Gaiman abrangem mais de 20 anos e foram feitas por mulheres que entraram em contato com ele atendendo a anúncio para serem babás de seu filho ou como fãs de suas obras. O caso se tornou público no podcast 'Master: as alegações contra Neil Gaiman', da Tortoise. A série analisa os relatos de cada uma das vítimas, que falam sobre as relações sexuais violentas e não consensuais com Gaiman.

Scarlett Pavlovich relatou ter sido agredida sexualmente por Gaiman em fevereiro de 2022, logo após um encontro que teve enquanto trabalhava como babá do filho dele. Ela relatou que o autor a agrediu na banheira de sua residência, na Nova Zelândia. Os advogados de defesa de Gaiman negam as acusações e afirmam que a relação foi consensual.

Scarlett afirma, ainda, que o escritor a estuprou em um quarto de hotel, na presença do próprio filho. Em declaração, os advogados de Gaiman classificaram o relato como “falso” e “deplorável”.

Outra vítima, Kendra Stout, conta que conheceu Gaiman em 2003 e que foi submetida a relações sexuais violentas durante seu relacionamento com o escritor, que começou quando ela tinha 20 anos e ele na faixa dos 40. Ela diz que se submeteu a relações sexuais violentas e dolorosas que “não queria e nem gostava.” 

Uma terceira vítima, Caroline, relatou que morou na propriedade de Gaiman até 2017 e foi vítima de comportamento inapropriado por parte do autor. Ela afirmou que certa vez colocou a mão dela em seu pênis, numa noite em que ambos estavam na presença do filho dele. À revista, os advogados afirmaram que nada disso aconteceu.

A defesa de Gaiman, por meio de seus representantes, negou todas as acusações, alegando que os relacionamentos descritos foram consensuais.

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