‘Ato Poético Momo’ de Alberto Silva neto entra em cartaz na Casa dos Palhaços

A dramaturgia que inclui as três cartas trocadas entre o pai Eduardo e o avô Alberto na década de 60

Emanuele Corrêa
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O artista paraense Alberto Silva Neto apresenta em Belém o Ato Poético MOMO, de 12 a 14 de outubro, às 20h, na Casa dos Palhaços, localizada na travessa Piedade, 533. O ato conta a trajetória do artista, a partir da morte do pai e as cartas trocadas entre o pai e o avô na década de 1960. Os ingressos são vendidos uma hora antes do espetáculo, com preços populares de R$ 20,00. 

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Com duração média de 70 minutos, a experiência artística apresentará sua “Carta para a vida”, inspirada nas palavras de autores que o acompanham, como Fernando Pessoa, Álvaro de Campos, Clarice Lispector, Carlos Drummond de Andrade, Max Martins, T.S. Eliot, Nietzsche e, principalmente, Antonin Artaud.

Alberto Silva Neto, ator, encenador e professor e conta que recebeu esse nome do avô. A dramaturgia que inclui as três cartas trocadas entre o pai Eduardo e o avô Alberto na década de 60 reúne também o texto que ele escreveu em abril de 2007, após a morte de seu pai, diz.

Questionado sobre a dramaturgia, Alberto diz que: "MOMO nunca foi ensaiado como espetáculo. Desde a primeira vez, apenas com Wlad Lima como testemunha, ele foi um ato vivido por mim, intensamente. Nasce de uma necessidade muito íntima de fazer essa confissão pessoal", iniciou.

"Então, o que eu procuro, como ator, é o encontro com o outro, no qual eu possa, talvez, me desvelar como ser humano, e convidar as testemunhas a fazerem o mesmo, olhando pra si mesmas, para aproximar arte e existência", destacou.

Alberto explica a origem do nome e a razão de ter sido escolhido como MOMO. "É um apelido para o idiota, aquele que não se entende o que diz, mas fala verdades inquietantes. Foi escolhido como nome também, porque tem relação com a obra de Antonin Artaud, autor fundamental nesta dramaturgia, porque via no teatro um veículo para aproximar entre arte e existência de modo visceral", contou.

Para Alberto, chamar o processo de ato poético e não de peça teatral, é fundamental, pois é um acontecimento. O artista também dá detalhes do ambiente que aguarda a plateia. "Chamamos de ato poético porque o que buscamos é o acontecimento que só pode nascer desde encontro vivo, menos entre ator e espectadores, e mais entre um homem que se desvela e suas testemunhas", revelou.

"Cenicamente, o ato poético MOMO é muito simples. Não há cenários ou efeitos de iluminação, apenas os elementos mínimos necessários para a atuação... Artaud escreveu, e digo em cena, que 'o teatro é um ato perigoso e terrível, onde aliás a própria ideia de teatro e de espetáculo se elimina'. Acho que isso define o propósito do ato poético MOMO, que é se afastar do teatro para quem sabe, paradoxalmente, se aproximar de sua essência", finalizou.

familiares no Brasil, que estão acompanhando preocupados, vamos ter calma, paciência. A gente está seguro aqui dentro do hotel, mas não estamos desesperados", esclareceu

Serviço

Evento: Ato Poético MOMO

Data: 12 a 14 de outubro, quinta-feira a sábado.

Horário: 20h

Local: Casa dos Palhaços, localizada na travessa Piedade, 533

Tipo de ingresso: popular, R$20,00

Mais informações: (91) 99391-1020 

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