Artur Dória realiza performance ‘Os amigos que desconheço #Encruzas’ no Casarão do Boneco, em Belém

O espetáculo terá como convidados os atores Aníbal Pacha e Romana Melo

Abílio Dantas
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O que os objetos encontrados em um caminho podem trazer de vivências ao caminhante? A partir de uma pesquisa em Artes que pensa a cidade a partir do caminhar, o artista e pesquisador Artur Dória apresenta em Belém a performance “Os amigos que desconheço #Encruzas”, que será apresentada hoje, 11, amanhã, 12, e sábado. A apresentação será sempre às 20h, no Casarão do Boneco (avenida 16 de novembro, 815).

Artur Dória apresenta performance em Belém

Além do performer, irão participar do espetáculo os atores e produtores teatrais Aníbal Pacha e Romana Melo, que vão auxiliar nas ações, na organização do espaço e orientar a participação do público.

Segundo Dória, a performance é um conjunto cruzado de outras performances que realizou durante a pesquisa de seu doutorado. “(A performance) funciona tanto como um espaço expositivo como um espaço de instalação imersiva em que eu vou percorrendo e realizando uma série de ações. A ideia então é que seja um momento de partilha desse processo com o público”, explica.

“Desde 2015, ainda não cidade de Fortaleza (sou natural de lá), eu tenho realizado uma série de performances em que o caminhar tem sido a minha base de atuação artística e de pesquisa. São performances em que eu caminho na rua e entro em contato com algum conjunto de objetos que foram ali descartados e que despertam o meu interesse. Em geral, eu crio um programa de ação e saio em caminhada para lhes recolher. Eu já peguei garrafas de água mineral, pedaços de tecido, gavetas, folhas secas, pedaços de papel, e no doutorado me dediquei aos calçados”, detalha o artista.

A pesquisa de doutorado de Artur se desdobrou desde o mestrado, também em artes, na Universidade Federal do Ceará (UFC). “São uma série de caminhadas que faço como um modo de me aproximar da cidade - e de aprender como me movimentar nessa cidade - por outra perspectiva, a perspectiva do chão. Nesse sentido, é uma pesquisa que vai de encontro a um pensamento que preza pela monocultura e pela destruição de modos de vida. O caminhar, para mim, funciona como um modo de tentar produzir outras sensibilidades e outros modos de habitabilidade e de cuidado, é um modo de confrontar a hostilidade do concreto e de aprender a criar em meio às ruinas desse pensamento que produziu o Antropoceno”, afirma.

Segundo o artista, a arte da performance é uma linguagem voltada para a ação ou um programa de ações. “São ações de caráter experimental, e podem se revelar de diversos modos e ocupar todo tipo de espaço, alguns bem insólitos, inclusive. Basicamente, seria um modo de fazer algo tendo em vista determinado processo”, define.

 

Serviço

Performance Os amigos que desconheço #Encruzas

Data: 11 a 13 de julho (13/07 – AD)

Horário: 20h

Local: Casarão do Boneco - Av. 16 de novembro, 815

Ingressos: R$ 20 (inteira) / R$ 10 (meia) / R$ 15 (antecipado)

Vagas limitadas

Contato: (91) 98331-8739

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