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Artista plástica Maria José Batista exibe obras na sede da TV Liberal

Projeto realizado em folhas de castanholas é inspirado em máscaras africanas e também faz referência à cultura indígena

Juliana Maia

Inspirada em máscaras africanas, a artista plástica Maria José Batista está com suas obras expostas em uma sala voltada às artes, localizada na sede da TV Liberal. Os objetos artísticos de Maria fazem parte do projeto "A Força da Face Amazônica" e apresentam referências ao povo da região em obras feitas a partir de folhas da castanhola (Terminalia catappa).

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"Pensei em fazer uma experimentação em cima dessas folhas. Então surgiu o edital da Fundação Cultural do Pará (FCP) e fiz uma pesquisa em cima dessas folhas. Pensei em usar algo para permeabilizá-las. Usei massa acrílica com cola, para dar uma sustentação, deixando mais resistente. Decidi unir duas folhas e usei um tipo de manta para resultar em um objeto com volume e percebi que ficou em um formato de cabeça, em máscaras", conta.

Depois de ver o resultado do experimento, a artista começou a pesquisar lugares que tinham máscaras como parte da cultura e então se identificou com as africanas. Segundo ela, os objetos são coloridos e super alegres, o que chamou sua atenção. "Comecei a trabalhar, me inspirando nestas máscaras. Dentro dessa pesquisa, estudei sobre o povo quilombola, europeu e indígena e africano. Na minha obra, estas culturas se encontram, resultando na miscigenação presente no povo brasileiro", complementa.

Carreira

Filha do pintor Espandeal Batista, Maria José sempre esteve cercada de arte quando, ainda criança, ficava no ateliê do pai e pintava os objetos que tinham no espaço. Já adulta, ela começou a atuar no campo artístico em 1997, depois de fazer oficinas no Curro Velho com Mestre Nato e atualmente de exposições e projetos culturais dentro e fora do estado, além de ministrar cursos de pintura e desenho.

"Eu pintava as minhas toalhas de mesa e panos de cama, minhas amigas perguntavam onde tinha comprado e eu dizia que eram feitos por mim. Passei a fazer, para elas, sem cobrar. Quando voltei para Belém, meu pai faleceu, e eu pensei que queria dar continuidade à história dele, com a minha arte", diz Maria.

(*Estagiária sob supervisão do Coordenador do Núcleo de Cultura de Oliberal.com, Abílio Dantas)

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