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Artista de Ananindeua aborda metamorfoses femininas em exposição virtual

Trabalho, que faz uma analogia com o ciclo de vida das borboletas e o desenvolvimento da mulher, pode ser conferido nas redes sociais

Ana Carolina Matos

A necessidade de expressar os sentimentos confusos em meio à pandemia do novo coronavírus instigou a artista visual Lenina Aragão a debruçar-se sobre um novo trabalho. O transbordamento artístico resultou no lançamento da exposição virtual "Metamorfose da Mulher Casulo". O trabalho, que faz uma analogia com o ciclo de vida das borboletas e o desenvolvimento da mulher, pode ser conferido no perfil da artista no Facebook e no Instagram.

Moradora do município de Ananindeua, região metropolitana de Belém, ela conta que viu nas artes visuais a possibilidade de desafogar as intensas emoções em um período conturbado de distanciamento social e preocupações com a covid-19. "Na quarentena, no meio dessas confusões de sentimentos e perdas, eu também precisava externar alguns desses sentimentos de dentro de mim, então surgiu uma série de desenhos baseados em ciclos, casulos e transformação", explica a artista. “Eu sempre gostei muito das borboletas e sempre pesquisei sobre elas quando criança. Em meio a pensamentos durante esse processo percebi que faz muito sentido essa analogia com nós mulheres”, acrescentou.

A menstruação da mulher, segundo Lenina, também é uma etapa cíclica mensal que foi levada em consideração para a produção das 14 obras, entre pinturas e colagens, que integram a mostra. "Nós mulheres vivemos em metamorfose. Todo mês temos um ciclo em que sangramos, temos dores no corpo e mudança de humor", enfatiza. "É preciso parar e se fechar como em um casulo para voltar mais forte para encarar o cotidiano da vida. Então, tentei expor (...) essas várias mulheres que compõe uma só mulher", destaca.

Integrante de uma família de mulheres, Lenina conta que sempre se inspirou no universo feminino para as temáticas do trabalho enquanto artista visual. "Eu sempre fiz meus desenhos na temática da mulher, por ter crescido rodeada de mulheres na família. Quando veio a pandemia e o isolamento social, eu continuei com minhas irmãs, mãe e avó", relembra.

Com isso, a artista conta que foi um período de observação do ciclo de cada uma das mulheres da família, "cada uma em seu mundo com suas aflições e sentimentos peculiares".

Confira o trabalho:

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