Arraial do Pavulagem comemora 35 anos com volta às ruas
O Liberal fez uma entrevista com Ronaldo Silva para saber de todos os detalhes do arrastão junino deste ano
Vem chegando mês de maio e a nação do Arraial do Pavulagem já pode se preparar com bandeira e fitas com cores do arco-íris, pois este ano os cortejos voltam às ruas com o tema “Arraial do Pavulagem 2022: 35 anos de Pavulagem”. A programação inicia com as oficinas, no próximo dia 8 de maio, e os cortejos começam dia 9 de junho e vão até 3 de julho. Para falar sobre o retorno e a expectativa, a edição de O Liberal conversou com Ronaldo Silva, presidente do Instituto Arraial do Pavulagem.
1.Vamos começar de forma direta: o Arraial vai voltar para as ruas?
Depois de dois anos parado, o arrastão volta com toda força, com toda energia, com toda a saudade, alegria que esse povo que adora cultura popular e por esse projeto. Estamos felizes por isso, vamos voltar sim com toda força. Graças a Deus
2. No ano em que vocês completam 35 anos, isso é um presente, né? Como está a expectativa?
Esse ano estamos completando trinta e cinco anos de luta pela cultura popular. Então é uma data muito especial para todos nós e a gente deseja do nosso coração que seja uma festa bonita, uma festa que celebre as pessoas que constroem o Arraial. É um trabalho feito muito a muitas mãos, então é uma um momento muito especial de encontro.
3. Para quem trabalha com cultura popular, ocupar as ruas é muito importante, né?
O cortejo na rua está diretamente ligado com essa demanda gigantesca do paraense firmar a sua identidade e de mostrar a sua cultura além fronteiras. Então, fora isso, nós temos todo um processo de geração de renda, de troca de saberes também. Então, é importante sim que o Arraial volte e cada vez mais consciente dessa tarefa histórica que todos nós temos de mostrar. O arraial é um painel de visibilidade importante para a cidade, importante para o Brasil e importante para o mundo.
4. Vocês estão pensando em algum cuidado especial para esse retorno às ruas?
Estamos pensando sim, estamos antenados com as normas sanitárias. Com essa alegria toda no coração, que a gente traga a nossa máscara, que a gente não jogue o lixo no chão, que do início ao fim do trajeto seja com alegria, harmonia e que a gente possa entender a importância da vida pra todos nós. Os cuidados são os de sempre e agora com a pandemia mais ainda, né? Que a gente consiga que as pessoas usem máscara e evite vacilar neste momento tão temeroso ainda.
5. Como será o calendário do Arraial em 2022? O que teremos?
O calendário do arraial vai continuar obedecendo a todo o processo de construção dos cortejos com uma roda de boi para inaugurar os trabalhos. Na sequência, o início das oficinas. Em seguida, o processo de ensaio. Vamos ter a folia de São Sebastião e vamos ter na sequência um trabalho muito bonito que é uma extensão e que realizamos em Cachoeira do Arari, o Cordão do Galo. E essa iniciativa está deixando a gente com muita alegria.
6. As lives de vocês fizeram muito sucesso e foi uma forma de continuar conectado com o público. Agora com a volta do corpo a corpo elas ainda vão continuar? O que aprenderam com elas?
As lives foram uma luz na escuridão pra gente, porque possibilitaram que continuássemos nos conectando com esse público gigantesco. Foi o caminho que nós encontramos, né? Um caminho interessante, eu acho que é um caminho novo para a maioria de nós, para os artistas, mas foi a ferramenta que nos ajudou de alguma maneira para sobreviver. Nesse momento, elas vão ficar um pouco de stand by, mas eu acho que é uma ferramenta para o resto da vida e vamos sim pensar mais no futuro como é que a gente vai organizar isso. Eu acho interessante que a gente possa continuar aprendendo a trabalhar com todas as ferramentas. É isso aí.
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