Amazônia Fashion Week chega à 14ª edição em versão gratuita e on-line
Uma mostra competitiva será lançada para a participação de novos talentos.
O Amazônia Fashion Week (AFW), o maior evento de moda do Norte do Brasil, inicia a 14ª edição em versão gratuita e 100% on-line na próxima quarta-feira, 18, com desfiles e lives transmitidas pelo canal do Youtube do Amazônia Fashion Oficial e Instagram @amazoniafashionoficial. Ainda, haverá uma mostra competitiva de novos talentos e oficinas livres, cujas inscrições se encerram nesta terça-feira, 17. A programação vai até a sexta-feira, 20.
“Num momento em que o mundo passa por uma grave crise causada por uma pandemia e a possibilidade de encerramento de atividades econômicas, dentre elas, as desenvolvidas pelas marcas autorais locais, e a consequente redução de postos de trabalho, o Amazônia Fashion Week consolida seu papel de divulgar a moda na região amazônica”, destaca Felícia Asmar Maia, coordenadora geral do evento.
Sob o tema “Os novos rumos da moda”, a edição de 2020 visa promover uma reflexão sobre as transformações na moda na atualidade. O AFW é um evento para estudantes e profissionais da moda que trabalha com sustentabilidade, inovação, tecnologia, diversidade e identidade cultural.
“A pandemia não afetou o consumo. As marcas se adequaram ao e-commerce e estão vendendo muito. Estamos vivendo o momento da imagem, as pessoas estão em home office, expondo a imagem pelo mundo, pela internet”, afirma Felícia.
A programação será aberta às 19 horas com a live gratuita “Redesign de Valores” - que exige inscrição prévia – com a jornalista e Doutora em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP, Carol Garcia, falando sobre a ressignificação na moda e no mercado de trabalho nos dias atuais.
Na quinta-feira, 19, acontecerá uma sequência de desfiles de sete marcas paraenses na sede da Assembleia Paraense: Madame Floresta, Amazônia Kãma, Jalunalé, Costamazônia, Ludimila Heringer, Netuniano e Maz. “Algumas marcas já são bem conhecidas no mercado de moda. Este ano, teremos duas marcas que estão sendo lançadas: Maz e Netuniano. O desfile vai apontar a tendência internacional focando na sustentabilidade, conforto e versatilidade que o home office exige”, destaca.
Com duração de cerca de 40 minutos, o desfile vai trazer algumas curiosidades, como da Janulalé, que compõe as peças com resíduos de jeans e tecidos de sombrinhas velhas; a Ludmila Herniguer, que usa o tingimento natural com cascas de frutas, flores e folhas, sem adicionar produtos químicos e sem gerar poluição; e a Amazônia Kamã, cujos acessórios têm caráter sustentável, pois usam ossos, chifres de búfalo, sementes e conchas.
Na sexta, 20, acontecerão duas oficinas gratuitas com transmissão pela internet: “Tingimento Natural”, com Cristine Bhadram, artista têxtil, arte-educadora, pesquisadora e criadora do projeto Muza Cores Naturais, com transmissão a partir das 11h30, pelo link http://bit.ly32dfU0m ; e às 18h, a “Nova Tendência da Imagem Pessoal”, com a consultora Wanessa de Oliveira, pós-graduada em Cultura de Moda e Mercado, pelo link http://bit.ly38pQa5B.
Outro destaque do AFW deste ano é a Mostra Competitiva de Fashion Filmes sobre Processos Criativos Inspirados na Amazônia, cujo edital será lançado na live “Novos Rumos do Design”, também no dia 20, às 20 horas, com a participação da equipe do evento: Felícia Maia, Milena Castro, Jonathan Sena, Léo Pamplona e Vine Nascimento.
Na mostra, os novos talentos em que os novos criadores de moda são convidados a filmar as próprias produções e enviar um vídeo com duração de até 2 minutos para a coordenação do evento. “Todos os anos temos uma noite para os novos nomes que estão chegando no mercado poderem apresentar as coleções. Não quisemos deixá-los de fora. Por isso, criamos a mostra competitiva”.
Desfile na internet
A AFW não é o primeiro evento de moda a se adequar os novos temos digitais em razão da pandemia. Em março, a Shangai Fashion Week aconteceu pela internet com acesso aberto ao público. Em junho, a London Fashion Week e a Chanel realizaram desfiles virtuais, também acessíveis a qualquer pessoa, e contribuíram para a ideia de democratização da moda.
Este ano, não haverá plateia no desfile. O AFW vai obedecer os cuidados de uso de máscaras e álcool e está utilizando equipes reduzidas para apresentar as tendências de moda autoral que trabalham com identidade e matéria-prima amazônica.
Da média de 40 modelos que desfilaram em edições anteriores do AFW, este ano, apenas oito entrarão na passarela. Entre eles, a modelo Tainá Carvalho, a garota fantástico em 2010 que estreou no AFW de 2009. A equipe de produção, também foi reduzida de 20 para 6 pessoas, assim como os técnicos de iluminação, sonoplastia e filmagem.
“As redes sociais ampliam o alcance dos desfiles e fortalece um canal de diálogo entre a marca e o público. Durante os desfiles, há postagens e compartilhamento de conteúdos ao vivo”, conta Felicia.
A realização do AFW é da Costamazônia – Associação de Costureiras e Artesãs da Amazônia, com patrocínio do SEBRAE/Pa e apoio da Assembleia Paraense e dos cursos de Design de Moda e Design Gráfico da Faculdade Estácio do Pará.
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