Alok inicia contagem regressiva para a COP 30 com show gratuito: ‘Mais do que um momento histórico’

O artista traz ao Pará a 'AUREA Tour', combinando uma apresentação musical com um alerta sobre temas de importância mundial, como a preservação da natureza

Bruna Dias
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O estádio Mangueirão, em Belém, está preparado para receber O DJ Alok neste sábado (23/11). O show, que marca o início da contagem regressiva para a COP 30 - Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, será um dos momentos mais importantes da cidade aos olhos do mundo.

A conferência será realizada na capital paraense em novembro de 2025. Conhecida como a "COP da Floresta", o evento destaca a importância da floresta tanto para o equilíbrio ambiental quanto para sua inserção em uma economia sustentável baseada na natureza.

Desde que o nome do artista foi ventilado em uma possível apresentação até o dia do anúncio oficial, o público viveu uma grande expectativa para participar desse momento histórico.

“Faz alguns meses que tenho falado sobre este show e, principalmente, sobre o momento de termos uma COP no Brasil, aquela que tem sido chamada de 'COP das florestas'. Mais do que entretenimento, o nosso encontro em Belém tem um chamado para ouvirmos a sabedoria ancestral da floresta amazônica e entendermos caminhos de saída para a crise climática, algo que, junto aos indígenas brasileiros, temos dialogado pelo mundo. É, também, a oportunidade de mostrar a diversidade cultural brasileira, trazer artistas regionais, apresentar suas sonoridades e suas tradições em forma de arte. Estou com grandes expectativas para viver este momento com vocês e espero que façamos uma festa de vibração positiva para que a Amazônia seja nascente de muitas soluções”, conta Alok.

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A apresentação, que faz parte da AUREA Tour, também chega com uma superprodução. Com um palco piramidal e tecnologia de áudio e imagem de alta definição, são mais de 100 toneladas de equipamentos, palco giratório com visão 360º, que tem uma altura equivalente a um prédio de quase dez andares, 400 refletores e 600 m² de mais de dois mil painéis de LED.

“A turnê terá algumas especificidades em cada cidade por onde passar, entre elas a de contemplar os artistas locais. Então, cada show terá uma diversidade na dinâmica e no set list, exatamente para apresentar a diversidade cultural do Brasil e, também, para criar uma conexão mais íntima com o público. Em Belém, estamos trazendo alguns elementos sonoros típicos de vocês e produzindo algo novo. Acredito nesta fusão de gêneros e na possibilidade de os artistas transitarem por áreas que não estão acostumados. Acho que isso enriquece o nosso repertório”, destaca.

Na apresentação de sábado, já estão confirmadas as participações de Joelma, Pinduca, Gaby Amarantos, Zaynara e Viviane Batidão. Os artistas Mapu Huni Kuin, Owerá, Célia Xakriabá e os grupos Yawanawa, Brô MCs, Kaingang e Guarani Nhandewa, que compõem o recém-lançado álbum O Futuro É Ancestral de Alok, também participam de forma fixa na AUREA Tour. Fafá de Belém não poderá comparecer devido a conflito de agendas.

“Sou admirador de todos os artistas que vão compor o show de Belém. A primeira coisa que pensei para convidá-los é que tivessem uma ligação genuína com a região. A partir daí, foram trocas de mensagens, escolha de repertório e início da produção das faixas. As aparelhagens me fascinam, então temos bastante coisa em comum”, diz.

Além de ser referência na música eletrônica, Alok também se destaca no cenário mundial por conta de sua representatividade em assuntos relacionados ao bem coletivo, seja sobre o clima ou sobre causas indígenas. Em O Futuro É Ancestral, Alok reafirma a importância de as vozes dos povos originários ocuparem espaços culturais da sociedade, abrindo um diálogo mais amplo, geograficamente e de público, entre a música ancestral e novas estéticas do pop, hip hop e música eletrônica.

“São temas de importância mundial. As nossas ações, passadas e presentes, têm gerado um impacto de escala global. Ouvi outro dia que precisamos ir além da preservação; estamos num ponto em que é preciso agir, plantar! Os indígenas representam cerca de 7% da população no mundo e, no entanto, são responsáveis por aproximadamente 80% da manutenção e preservação da biodiversidade. Ou seja, eles são chaves-mestras no entendimento sobre meio ambiente e sustentabilidade. Produzir o álbum com oito etnias indígenas brasileiras de várias regiões do país em línguas nativas é, além de resguardar suas culturas, sabedorias e memórias, um ato de proteção aos nossos biomas. O Futuro É Ancestral é um trabalho coletivo feito a muitas mãos e corações”, pontua.

O artista doará todo o seu cachê para a Fundação Santa Casa de Misericórdia. O evento, que tem entrada gratuita para a pista, com vendas apenas de camarotes, terá transmissão ao vivo no canal de Alok no YouTube. A apresentação tem previsão de início às 21h.

“Espero que seja mais do que um momento histórico, mas um encontro onde se possa ouvir atentamente as vozes das florestas, isto é, da ancestralidade. Por isso, precisa ser uma COP que contemple as populações indígenas, ribeirinhas e quilombolas. Que seja um momento de se entender as problemáticas e adotar planos de ação no desenvolvimento de um planeta sustentável. Que as próximas gerações possam ter a oportunidade de se banhar no rio, de ouvir o canto dos pássaros... Que o legado da COP30 não se esgote, mas que perdure”, finaliza o artista.

Agende-se

Data: sábado, 23/11
Hora: 21h
Local: Estádio Mangueirão - Rod. Augusto Montenegro, s/n - Km 03 - Mangueirão, Belém - PA
Entrada gratuita

 

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