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Academia Paraense de Letras elege Betânia Fidalgo para a cadeira 02

Com 21 dos 28 votos necessários, ela substitui o teatrólogo Nazareno Tourinho

A Academia Paraense de Letras elegeu, nesta terça-feira, 7, a professora-doutora Maria Betânia de Carvalho Fidalgo Arroyo para a cadeira 02, cujo último ocupante foi o teatrólogo Nazareno Tourinho. A eleição aconteceu, na sede do Sicred, com a presença de dez acadêmicos.

Ela teve 21 dos 28 votos necessários para a eleição. O outro aspirante à vaga, o médico e autor psicografador Claudio Guilhon, teve cinco votos.

Os demais acadêmicos votaram por correspondência, o que é permitido pelo Estatuto da Academia. “Esse foi um dos momentos mais felizes da minha vida. Tenho imenso respeito pela Academia e estou chegando, com a Graça de Deus, para somar”, disse, logo que soube do resultado, a nova “imortal”.

Reitora da Universidade da Amazônia, a quinta da história da instituição, diretora do Grupo Ser Educacional e presidente do Conselho Estadual de Educação do Pará, Betânia Fidalgo Arroyo escolheu disputar a cadeira 02 pela admiração que nutre por Nazareno Tourinho, pai de seus amigos Emmanuel Tourinho, reitor reeleito da Universidade Federal do Pará e de Helena Tourinho Lamarão, professora do stricto sensu da Unama.

Ela será a quarta reitora de uma instituição de ensino superior a chegar à APL. Os outros foram José da Silveira Neto, João Paulo do Valle Mendes e Édson Franco. Betânia fidalgo fará parte da diminuta bancada de mulheres na Academia. Hoje, apenas Edy-Lamar d´Oliveira, Sarah Rodrigues, Nazaré Mello, Nelly Cecília Rocha e Izabel Benone ostentam o título de “imortais”.

Antes dela foram acadêmicas Guily Furado (a primeira mulher a ingressar em uma Academia de Letras, no Brasil), Maria Annunciada Chaves, Adalcinda Camarão e Sylvia Helena Tocantins. Nesta quarta, 8, quando será realizada a eleição para a cadeira 22, outra mulher entra na disputa: a professora Rosilene Guzzo, que disputa a vaga com o jornalista Walbert Monteiro.

Betânia Fidalgo Arroyo cumpriu o protocolo acadêmico e visitou praticamente todos os seus eleitores, junto com seu amigo Leonam Godim da Cruz Jr., eleito para a cadeira 06. Alguns dispensam a cortesia e contentam-se com o currículo.

“Eu tinha em mente apenas uma coisa: fosse qual fosse o resultado, eu já estaria feliz. Conheci pessoas maravilhosas, gente que eu nem imaginava que existisse, de tão especial que é. Pessoas que abriram a porta de suas casas, me receberam com tanta fidalguia. Fiz amigos sem conta nesta campanha. Ouvi tantas palavras bonitas... Só posso ser infinitamente grata a Deus e à Nossa Senhora de Nazaré por essa vida, sobretudo na hora mais difícil para todos nós, que é a da pandemia. A parceria com o Leonam virou amizade. Visitamos juntos muitos eleitores e viajamos juntos para Vigia para pedir o voto do Ildone. Minha grande tristeza foi a morte do Dr. Gengis, que me recebeu com muito carinho”.

Betânia aguardou o resultado da eleição em seu gabinete de trabalho, na Universidade da Amazônia. Lá mesmo ela recebeu a comissão de acadêmicos que foi levar-lhe, oficialmente, a notícia de sua eleição.

Em nome do presidente Alcyr Meira, o vice-presidente da instituição, professor e jornalista João Carlos Pereira, fez uma saudação à nova “imortal”, expressando, em nome da Academia, a alegria de recebê-la na mais antiga das instituições culturais do Estado. A posse de Betânia Fidalgo Arroyo ainda não está marcada e só deve acontecer quando a sede da Academia estiver totalmente restaurada e houver condições sanitárias para a realização do evento.

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