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'3 Toneladas Assalto ao Banco Central' chega à Netflix; veja as curiosidades do caso

A série documental conta a história de um dos maiores assaltos ocorridos no Brasil

Painah Silva

Nesta quarta-feira (16), chegou ao catálogo da Netflix a nova série documental '3 Toneladas Assalto ao Banco Central', que conta a história de um dos maiores assaltos ocorridos no Brasil. O crime de proporções cinematográficas ocorrido em 2005, em Fortaleza, no Ceará, é tema de um documentário com depoimentos inéditos, inclusive de participantes do ato. 

Através de um túnel com quase 80 metros de comprimento, criminosos invadiram o cofre da instituição e levaram mais de 160 milhões de reais - ou cerca de 3,5 toneladas de dinheiro vivo - ocupando as manchetes do noticiário brasileiro durante anos. O golpe que parecia perfeito deixou um rastro de extorsões, sequestros e assassinatos.

Produção original da Netflix, a série teve como diretor Rodrigo Astiz, roteiro de Daniel Billio, pesquisa de Claudia Belfort, produção executiva de Adriana Marques, Íris Sodré Mendes e Mauricio Hirata Filho, e associados, Gavulino Filmes e Marcos Tardin.

Curiosidades sobre o assalto:

  1. A quadrilha abriu uma empresa de grama sintética de fachada, próxima ao banco, e trabalhava em turnos de até sete pessoas na escavação do túnel, sem parar, usando pá de jardineiro.
  2. O túnel contava com um sistema de ventilação, iluminação e linha para interfone (eles não usavam telefone para não deixar provas). Estima-se que 900 tábuas de madeira foram usadas em sua construção.
  3. A identidade falsa do dono da empresa, Paulo Sérgio, trazia como data de nascimento 05/08/1968 - exatamente o mesmo dia e mês em que a quadrilha efetuou o roubo.
  4. Paulo Sérgio mantinha um ótimo relacionamento com os vizinhos para não levantar suspeitas. No intuito de dar veracidade ao negócio, ele chegou a distribuir bonés estampados com o nome da firma em uma boate que frequentava.
  5. Logo após o assalto, tudo que a polícia encontrou no cofre do Banco Central foi um buraco, sem saber que ele era a saída de um túnel de 75 metros. Só uma pessoa magra poderia entrar ali, e o policial Enéas Sobreira decidiu fazê-lo sem saber quem ou o que encontraria pela frente. Ele rastejou por uma hora até o fim do túnel. 
  6. Na fuga, alguns integrantes do bando viajaram com documentos e nomes falsos, mas com fotos verdadeiras, o que possibilitou a identificação deles pela polícia. Houve até uma "homenagem": Fernando Carvalho usou o nome Fernando Vinícius de Moraes, uma coincidência - ou não - com o nome do famoso poeta Vinicius de Moraes.
  7. Logo após o assalto, a Polícia Civil procurou em revendas de carros e caminhões pistas sobre a aquisição de veículos que poderiam ser usados para transportar o dinheiro de Fortaleza. Descobriram que, para a fuga com parte do dinheiro do banco, 6 milhões de reais foram escondidos em carros zero num caminhão cegonha.
  8. Tudo na produção foi construído para parecer o mais semelhante possível com o cenário real. Um galpão em Embu das Artes, São Paulo, foi usado como local de gravação e reconstituição do caso. 

(Estagiária Painah Silva, sob supervisão da Coordenadora de Conteúdo de Cultura, Sonia Ferro)

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