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Dez anos sem Ariano Suassuna; conheça mais sobre a vida e obra do escritor

O paraibano é considerado um dos maiores escritores da história do país, com obras que estão marcadas na cultura popular brasileira

Bruno Menezes | Especial para O Liberal

Nesta terça-feira (23), completam 10 anos da morte Ariano Suassuna, um dos maiores escritores e dramaturgos da história do Brasil, que deixou um legado de diversas obras de sucesso e de grande impacto cultural. O paraibano morreu aos 87 anos, vítima de uma parada cardíaca.

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O poeta nasceu em 16 de junho de 1927, em João Pessoa. Sua infância foi marcada pela imersão cultural, mas também pela partida prematura do pai, que era governador da Paraíba e foi assassinado por motivos políticos no Rio de Janeiro.

Após este evento traumático, a família decidiu se mudar para o sertão de Pernambuco, local onde floresceu a paixão de Suassuna pela arte e cultura popular nordestina.

Em 1950, Ariano se formou em Ciências Jurídicas e Sociais, pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). No entanto, ele nunca exerceu um único dia na profissão, já que sua paixão era a literatura e o teatro.

5 anos depois o artista escreveu aquela que é considerada uma de suas obras mais célebres: O Auto da Compadecida. O texto era destinado para uma peça teatral, que apresenta as histórias hilárias dos personagens João Grilo e Chicó, ambientados no sertão nordestino.

Ainda na época a peça foi um grande sucesso no país, se tornando um marco na dramaturgia brasileira. Nos anos 2000, a obra ganhou uma adaptação para as telas que também caiu nas graças do público brasileiro.

Além de Auto da Compadecida, Ariano escreveu outras obras consideradas importantíssimas para a cultura brasileira. Entre elas, se destacam: O Santo e a Porca (1957) e ‘A Pena e a Lei’ (1959).

Na literatura ele também escreveu romances de grande impacto para gênero no Brasil. Algumas das obras mais conhecidas são: ‘Romance d’a Pedra do Reino’, ‘História d’O Rei Degolado nas Caatingas do Sertão e ‘Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta.

Suassuna também foi professor e trabalhou como palestrante na UFPE entre os anos de 1957 a 1994. Em suas apresentações, ele trazia o seu característico bom humor e reflexões carregadas de conhecimento para inspirar e influenciar novas gerações de escritores.

Ao longo da carreira, foi honrado com diversas premiações, entre elas, a Medalha de Ouro da Associação Brasileira de Críticos Teatrais, em 1957, Prêmio Nacional de Ficção, em 1973, e o Prêmio da Ordem do Mérito Cultural.

Ariano sempre teve uma vida pessoal discreta. Só teve uma mulher durante toda a sua, Zélia Suassuna, com quem foi casado por 67 anos. Eles tiveram seis filhos e 15 netos.

Ariano Suassuna está marcado na história do Brasil como um dos maiores autores da literatura do país. Seus livros e peças teatrais são obras que se conectam fortemente com cultura brasileira até hoje, enredos e textos que são estudados constantemente por novos autores, que veem em Suassuna fonte de inspiração criativa.

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