Criadores decidem encerrar app que remove roupa de mulheres; entenda
Para os desenvolvedores, o mundo não estava preparado para o app
Depois de ativista chamar o aplicativo que cria falsos nus de “apavorante”, os desenvolvedores decidiram tirar do ar o software, dizendo que a 'probabilidade de as pessoas usarem-no de forma indevida é muito alta'.
O app anunciava ser capaz de remover digitalmente roupas em fotos de mulheres para gerar falsos nus e era vendido por 50 dólares, cerca de 190 reais. Ele chamou a atenção e recebeu críticas depois de um artigo publicado em um site de notícias de tecnologia.
No texto, uma ativista contra a chamada pornografia de vingança chamou o app de “apavorante”. Bastou a reclamação para que os desenvolvedores decidirem tirar o aplicativo da internet dizendo que o mundo não estava preparado para ele. “Não queremos ganhar dinheiro dessa maneira”, escreveram os programadores em uma mensagem publicada no Twitter. Os desenvolvedores também disseram: "Honestamente, o aplicativo nem é tão bom, só funciona com fotos específicas”.
Eles disseram que qualquer pessoa que tenha comprado o aplicativo receberá um reembolso, informando que não haverá outras versões disponíveis e retirando o direito de qualquer outra pessoa usá-lo.
Os criadores do app também pediram para que as pessoas que têm uma cópia não a compartilhem. Mesmo com a exclusão na internet, o aplicativo ainda funciona para qualquer um que o possua.
A criação do aplicativo foi com “entretenimento”, segundo os desenvolvedores. O programa estava disponível na versão gratuita, que deixava uma marca d’água na imagem, e uma versão paga, que acrescentava um pequeno selo de “falso” em um canto da foto.
O interesse do público pelo aplicativo foi tamanho que levou o site a sair do ar, devido ao grande fluxo de pessoas querendo baixar o programa. Ele usa supostamente neurais artificiais, baseadas em inteligência artificial, para remover roupas em imagens de mulheres para produzir nus realistas.
O texto que fez os desenvolvedores retirarem o app do ar dizia que "agora qualquer uma pode se ver vítima de pornografia de vingança, sem nunca ter tirado uma foto nua". "Esta tecnologia não deveria estar disponível ao público", afirmou a ativista Katelyn Bowden.
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