Trabalhadores da Amazônia pedem inclusão nos debates da COP 30
Representantes sindicais cobram participação nas discussões sobre trabalho e sustentabilidade na conferência, que será realizada em Belém

O presidente da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP 30), embaixador André do Lago, recebeu nesta terça-feira (9) representantes da Força Sindical Pará, após solicitação do senador Zequinha Marinho (Podemos-PA). O encontro teve como pauta a participação dos trabalhadores da Amazônia nas atividades da COP 30, que será realizada em Belém em 2025.
De acordo com o presidente da Força Sindical Pará, Ivo Borges, desde que a capital paraense foi confirmada como sede da COP 30, não houve diálogo com lideranças sindicais da região. “Representamos quase 400 mil trabalhadores e estamos tentando abrir esse canal desde 2023”, afirmou.
Os sindicalistas pedem inclusão nas discussões sobre relações de trabalho e sustentabilidade. Eles alegam que representantes do Sudeste, especialmente de São Paulo, têm conduzido as articulações prévias, sem considerar as entidades do Norte.
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Durante o encontro, o presidente da COP 30 reconheceu falhas na comunicação com lideranças locais. “Há uma falta de diálogo que precisa ser corrigida”, declarou André do Lago. Ele também criticou a condução centralizada de outras regiões e reforçou a necessidade de ampliar a escuta no território amazônico.
O senador Zequinha Marinho sugeriu que o governo crie uma representação estadual nos moldes da organização nacional da conferência. “É fundamental ouvir os setores da Amazônia que se sentem excluídos. A região será um dos principais temas da COP 30 e precisa estar presente nos debates”, disse.
Apesar de sua atuação estar voltada para as tratativas internacionais do evento, André do Lago se comprometeu a encaminhar as demandas dos trabalhadores do Pará à Secretaria-Geral da Presidência da República e à Casa Civil, responsáveis pela organização nacional da conferência.
*(Iury Costa, estagiário de jornalismo sob supervisão de Hamilton Braga, coordenador do Núcleo de Política e Economia)
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