Salinópolis deve ter crescimento imobiliário com a realização da COP 30
A proximidade do evento em Belém pode atrair visitantes e investidores para Salinas, aquecendo o mercado local
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A realização da COP 30, em novembro de 2025, em Belém, promete gerar um impacto significativo não apenas na capital paraense, mas também nas cidades vizinhas, como Salinópolis. Com o evento internacional em foco, Salinas, um dos destinos turísticos mais procurados do estado, tende a se beneficiar com o aumento da demanda por imóveis e pela ampliação do setor hoteleiro, devido ao crescimento do fluxo de turistas e delegações que devem passar pela região.
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De acordo com Daniel Farias, advogado especialista no mercado imobiliário e sócio de uma imobiliária em Belém, a expectativa para o mercado imobiliário em Salinópolis é alta. Ele explica que a realização da COP 30 deve gerar uma movimentação expressiva não só em Belém, mas também nas cidades da Grande Belém e arredores. "Com a grande quantidade de turistas e participantes do evento que estarão em Belém, é natural que muitos busquem destinos próximos, como Salinas, para acomodação temporária. Além disso, há um movimento de moradores da região metropolitana que devem alugar seus imóveis e procurar alternativas no interior, o que deve movimentar ainda mais o mercado", detalha Farias.
Turismo
A projeção para o mercado imobiliário local é de uma demanda crescente, especialmente considerando a valorização do turismo em Salinópolis. Embora o município tenha alta procura por turistas no período do verão e durante o réveillon, o segundo semestre de 2025 pode trazer um fluxo atípico, dado o agendamento do Círio de Nazaré, em outubro, seguido pela COP 30. "A realização da COP, somada ao Círio, trará um número maior de turistas, muitos dos quais podem optar por conhecer Salinas. Além disso, o fato de o aeroporto local ter sido recentemente ampliado deve facilitar o acesso ao município, o que potencializa ainda mais o atrativo de Salinas como destino", acrescenta Farias.
A valorização do mercado imobiliário de Salinópolis já começa a ser observada, com o aumento da procura por imóveis e aluguel de temporada. Farias destaca que, com o evento de grande porte, a visibilidade nacional e internacional de Belém e da região como um todo tende a aumentar, atraindo investidores interessados em ampliar o setor imobiliário local. "Já estamos vendo um crescimento nas buscas por passagens aéreas e ofertas de turismo para Belém, e a COP 30 ampliará esse movimento. Isso deve refletir em um aumento na procura por imóveis e até mesmo em reajustes nos preços, especialmente com o atrativo das belezas naturais de Salinas", observa o advogado.
Valorização
O impacto da COP 30 no mercado imobiliário de Salinópolis pode ir além da alta demanda por hospedagem temporária. A valorização do setor não se limita ao turismo, mas também inclui o crescimento do interesse por imóveis permanentes, à medida que a cidade ganha visibilidade no cenário internacional. Investidores de outros estados e até de fora do Brasil podem se interessar por Salinas como uma opção para novos empreendimentos ou até para aquisição de imóveis na região.
O crescimento da demanda também pode gerar desafios para o mercado local, que precisará atender a essa nova procura. Com a projeção de alta demanda por imóveis, é possível que haja uma pressão sobre a oferta, o que pode resultar em uma aceleração de obras e empreendimentos imobiliários, bem como ajustes nos preços de venda e aluguel. Para o setor hoteleiro, a expectativa é de um aumento substancial no número de reservas, o que exigirá uma preparação para atender a um público maior durante o período do evento.
Além disso, a valorização do mercado imobiliário de Salinópolis pode resultar em efeitos colaterais no longo prazo. O crescimento da procura por imóveis pode atrair não apenas turistas e investidores, mas também novos moradores para a cidade. Salinas, conhecida por suas praias e paisagens naturais, pode se tornar um ponto de atração para aqueles que buscam qualidade de vida e um estilo de vida mais tranquilo, especialmente em um período pós-COP 30, quando a visibilidade internacional da região se ampliar ainda mais.
Economia
Em termos econômicos, a movimentação no mercado imobiliário pode refletir em um ciclo positivo para Salinas e municípios vizinhos, com o aumento da circulação de dinheiro e novos investimentos. A construção civil, por exemplo, pode se beneficiar de uma maior demanda por novas unidades habitacionais e comerciais, gerando empregos e fomentando o comércio local.
O impacto esperado da COP 30 também será sentido no setor de serviços, com a chegada de turistas e delegações estrangeiras que podem gerar uma demanda adicional por serviços como transporte, alimentação e entretenimento. Estabelecimentos comerciais, como restaurantes e lojas, podem ver um aumento no volume de vendas, o que trará benefícios para a economia local.
O fenômeno de valorização imobiliária em cidades próximas a grandes eventos não é um fato isolado. Ao longo dos anos, diversas cidades que sediaram eventos internacionais de grande porte, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, experimentaram um aumento significativo nos preços dos imóveis e na demanda por hospedagem. A expectativa é que Salinas siga essa tendência, com a COP 30 funcionando como um catalisador para um crescimento econômico no setor imobiliário e além.
Embora a realização da COP 30 ainda esteja distante, os efeitos da proximidade do evento já começam a ser discutidos por especialistas. Farias, por exemplo, afirma que o evento pode "gerar uma movimentação que transformará a economia local". Ele vê na COP 30 a oportunidade de impulsionar o mercado imobiliário de Salinas, destacando que as belezas naturais da região podem atrair ainda mais turistas e investidores. Segundo o advogado, o aumento no número de visitantes e a busca por imóveis não só de temporada, mas também permanentes, deve ser um reflexo direto da visibilidade do evento. "Acredito que, com o aquecimento do mercado, Salinas pode viver uma nova fase, com maior valorização imobiliária", afirma Farias, apontando que o evento será um divisor de águas para o município e região.
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