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ONU e Consórcio Amazônia criam fundo de U$ 300 milhões para apoiar desenvolvimento sustentável

‘É inaceitável que as pessoas vivam na área de maior riqueza do mundo e convivam com tanta pobreza material’, afirma Silvia Rucks, da ONU

Daniel Nardin
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A Organização das Nações Unidas (ONU) no Brasil assinou nesta terça-feira (15) com o Consórcio Interestadual da Amazônia Legal um documento para a criação de um fundo para receber aportes de recursos da ordem de U$ 300 milhões que possam ser aplicados em projetos de desenvolvimento sustentável na região amazônica.

O documento foi assinado durante a COP 27, no Egito, por Silvia Rucks, coordenadora residente do Sistema ONU no Brasil; Maria Helena Semedo, diretora-geral-adjunta da FAO; Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a diretora da Divisão de Ecossistemas do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Susan Gardner. Pelo Consórcio da Amazônia Legal, assinaram os governadores Helder Barbalho, do Pará, e Mauro Mendes, do Mato Grosso.

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Conforme consta no documento, o fundo constitui um “mecanismo programático financeiro para apoiar o desenvolvimento da Amazônia de forma integrada e cooperativa a ONU e o Consórcio”.

‘Hoje é um dia histórico’

Segundo Silvia Rucks, o mecanismo é um fundo que vai receber contribuições para apoiar iniciativas na região em conjunto com as Nações Unidas e o Consórcio dos Estados. “Hoje é um dia histórico para as Nações Unidas no Brasil, mas também para o Consórcio da Amazônia Legal. O mecanismo assinado vai receber propostas de programas, de projetos para o desenvolvimento sustentável para a Amazônia. Propostas sociais, ambientais, econômicas que levarão à preservação da Amazônia. Mas o que é muito importante para todos nós é o olhar para as pessoas que vivem e moram na região amazônica. Projetos que possam melhorar a vida das pessoas, com saúde, educação, emprego e renda para quem mora nas cidades e nas áreas rurais da Amazônia”, destacou Silvia.

Para Helder Barbalho, governador do Pará, a parceria vem no sentido de apoiar as iniciativas para auxiliar a fiscalização, mas especialmente desenvolver novas atividades econômicas com mais sustentabilidade. “É muito importante através desse fundo que já tem aportado 300 milhões de dólares em que a ONU se apresenta para construir junto com os Estados da Amazônia brasileira o financiamento climático, o combate ao desmatamento ilegal, a política de monetização da floresta viva, com bioeconomia e biodiversidade, junto com as comunidades e construindo as condições para que nós possamos ter esse modelo de desenvolvimento sustentável e social em nossa região”, afirmou Helder.

Projetos devem atuar na redução da pobreza

Atualmente, de acordo com Silvia Rucks, o Sistema das Nações Unidas no Brasil tem 34 agências com programas, e todas vão estar disponíveis para cooperar com a iniciativa. Além disso, já existem treze instituições com interesse em conhecer mais sobre o fundo e contribuir com programas de desenvolvimento na região. “Para executar essas iniciativas, que são palavras, e transformar em ações, precisamos de recursos. E hoje também abrimos fundos para receber doações de países, de organismos e de diferentes tipos de doadores que estão interessados em apoiar o desenvolvimento sustentável na região. Hoje assinamos, e já existem treze países e organizações que manifestaram interesse em contribuir para o fundo das Nações Unidas e do Consórcio, isso gera uma expectativa muito grande”, afirmou.

Para ela, os recursos serão aplicados no sentido de promover alternativas econômicas e projetos que busquem desenvolver a região e reduzir os índices de pobreza. “Vamos trabalhar alternativas econômicas e inclusivas que permitam que as pessoas tenham vida digna. A Amazônia Legal tem quase 30 milhões de pessoas, a maior riqueza do mundo, mas concentra os piores índices de pobreza e índice de desenvolvimento humano e a mais alta taxa de insegurança alimentar do país. É inaceitável que as pessoas vivam na área de maior riqueza do mundo e convivam com tanta pobreza material”, afirmou Silvia.

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