Jornada COP+ propõe agenda para transição energética e desenvolvimento sustentável na Amazônia
A proposta tem como foco criar uma agenda econômica, social e ambiental para o setor produtivo local

A Jornada COP+ busca articular ações voltadas à transição energética e ao desenvolvimento sustentável na Amazônia brasileira. Ela foi pensada pela agência Temple Comunicação e realizada pela Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa). A iniciativa foi lançada em maio de 2024 e surgiu durante a preparação para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que ocorrerá em novembro deste ano, em Belém.
De acordo com a Fiepa, a proposta tem como foco criar uma agenda econômica, social e ambiental para o setor produtivo local, envolvendo governos, organizações e especialistas. “As decisões nacionais e globais sobre o clima precisam considerar as necessidades da Amazônia brasileira e nós, enquanto indústria, também queremos diversificar as novas economias para além do mercado de carbono, buscando soluções concretas para desafios regionais, pautadas na descarbonização e sociobioeconomia. Queremos criar uma nova mentalidade e desenvolver propostas concretas a partir do conhecimento de quem vive e produz na Amazônia”, destacou o presidente da Fiepa e da Jornada COP+ Alex Carvalho.
Na primeira fase do projeto, foram realizadas capacitações, festivais e encontros, alcançando aproximadamente 11 mil pessoas. A segunda etapa, prevista para começar em maio de 2025, incluirá webinars, workshops, fóruns e exposições. As ações estão organizadas em cinco eixos principais: transição energética, economia circular, sociobioeconomia, transformação digital e inovação, e rastreabilidade das cadeias produtivas da Amazônia.
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Além de discutir temas como investimentos, infraestrutura, logística, comunicação e o papel das mulheres e dos povos tradicionais, a Jornada também formou um conselho curador com 40 representantes de diversos setores, incluindo indústria, academia e organizações da sociedade civil.
O projeto está estruturado em quatro programas: sociobioeconomia; combate ao desmatamento ilegal e às queimadas; descarbonização e economia circular. Entre as ações previstas, está o desenvolvimento de uma plataforma digital para mapear cadeias produtivas como as do açaí, cacau e castanha-do-Pará. O sistema reunirá dados de produtores, associações e cooperativas, além de informações sobre impactos sociais e ambientais dessas atividades.
A Jornada COP+ também prevê a criação de redes de articulação, produção de relatórios, repositórios de dados e materiais de capacitação, além da elaboração de propostas para políticas públicas voltadas à região.
O projeto mantém relação com a Sustainable Business COP30 (SB COP30), iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) que busca ampliar a participação do setor privado nas discussões sobre mudanças climáticas.
A Jornada COP+ tem apoio de entidades como CNI, Ação Pró-Amazônia, SESI, SENAI, IEL e Instituto Amazônia+21, e conta com patrocínio master da mineradora Vale.
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