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Hotelaria de Belém terá reforço de navios de cruzeiro durante COP 30

As embarcações, que ficarão ancoradas no porto de Belém, disponibilizarão aproximadamente 4.500 quartos.

Gabi Gutierrez

Para receber os milhares de participantes esperados na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, a COP 30, em Belém, o Governo Federal, em colaboração com empresas do setor de turismo e navegação, adotará uma abordagem inovadora: o uso de navios de cruzeiro como hospedagem temporária. As embarcações, que ficarão ancoradas no porto da capital paraense, disponibilizarão aproximadamente 4.500 quartos, ajudando a atender a alta demanda por acomodações na cidade durante o evento.

Segundo Valter Correia, secretário extraordinário para a COP 30, a contratação de navios é uma das diversas estratégias para garantir a hospitalidade adequada aos visitantes. "Estamos trabalhando em iniciativas temporárias para o sucesso do evento em Belém, além de projetos permanentes que servirão de legado para a cidade e aumentarão seu potencial turístico", afirmou.

Essa medida já havia sido antecipada pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Pará, Antonio Santiago, em entrevista ao Grupo Liberal. Santiago destacou que, desde a confirmação de Belém como sede da COP, a possibilidade de acomodações em navios e transatlânticos vinha sendo discutida, com o objetivo de criar uma experiência única de hospedagem flutuante, similar ao que acontece durante a festa de Parintins em Manaus (AM).

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"Vai acontecer, sim, e deve abrigar muita gente. Estamos reunidos com o governo do estado e com o Comitê da COP 30, em sintonia, para atender essa demanda de navios, com a dragagem do porto de Belém. Em Belém, teremos barcos com camarotes e redes para atender todos os tipos de público. A ideia é criar uma experiência única de hospedagem flutuante, que não só atenderá à demanda extra, mas também proporcionará uma experiência diferenciada para os visitantes", disse Antônio.

Santiago ainda explicou que os transatlânticos serão de categoria luxo, enquanto os barcos amazônicos oferecerão uma alternativa mais econômica, ampliando as opções para todos os tipos de públicos e orçamentos: "Desde hotéis cinco estrelas até acomodações mais simples, passando por casas de família e hospedagens alternativas, queremos que todos os visitantes encontrem algo que se adeque às suas necessidades."

Para atender os hóspedes dos cruzeiros, o terminal hidroviário regional de Belém, atualmente no armazém 9, será expandido para ocupar também o terminal 10, dobrando sua área para cerca de 4 mil m². "Estamos elaborando um plano operacional envolvendo outros órgãos federais para garantir o funcionamento eficiente deste terminal", explicou Olmo Xavier, diretor de projeto.

Além dos navios de cruzeiro, Belém também está investindo na construção de dois novos hotéis na região portuária e na readequação de estabelecimentos já existentes. Um hotel modular será erguido próximo ao Hangar e, após a conferência, o espaço será transformado em um novo centro administrativo do governo do estado, consolidando o legado da COP 30 para a cidade.

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