COP 30: Engenheiro florestal e líder regional faz análise para a conferência da Amazônia
A 30ª COP, nesta semana anunciada pela ONU para novembro/2025, em Belém, não vem por acaso. Confira o que diz o mestre em Desenvolvimento Local na Amazônia Wendell Andrade sobre o encontro.
A COP, sigla em inglês para Conference of the Parties, é a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. Nasceu em 1995, na Alemanha, puxada pelos bons encaminhamentos dos países durante a Rio-92 e pelo consenso científico de que a desordem climática movida pela ação voraz da espécie humana em modificar o planeta – na época conhecida de modo mais simples pela expressão “efeito estufa” – é uma realidade incontestável. A premissa científica é: transformamos demais o planeta a ponto de ele ficar climaticamente “desalinhado”, o que tem gerado eventos climáticos extremos em todas as partes do globo, trazendo cada vez mais impactos econômicos e sociais, agudizando a pobreza onde ela já existe e trazendo incerteza sobre a vida. Presente e futura.
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Apenas para que os paraenses tenham uma ideia do porte de uma COP, as edições dos últimos anos foram sediadas em “capitais globais” como Paris (França), Marrakech (Marrocos), Madrid (Espanha), Glasgow (Escócia), Bonn (Alemanha), além de Dubai (Emirados Árabes Unidos), que é a sede neste 2023. Assim, Belém passa a fazer parte de uma seleta lista de cidades onde a Humanidade aterrissa, por duas semanas, para discutir meios de garantir a continuidade da vida no planeta. Incluindo a nossa.
Wendell Andrade é engenheiro florestal, mestre em Desenvolvimento Local na Amazônia (UFPA), liderança amazônica pelo Projeto Realidade Climática, de Al Gore, e professor universitário.