COP 28: Sultan Al Jaber alerta para necessidade urgente de acordo sobre combustíveis fósseis
Presidente do evento reforça a importância de demonstrar flexibilidade, agir com urgência e encontrar pontos em comum entre as quase 200 nações
Dois dias antes do encerramento oficial, o presidente da COP28, Sultan Al Jaber, faz um apelo enfático aos negociadores para que alcancem um acordo, destacando a urgência, especialmente em relação à controversa questão dos combustíveis fósseis.
Em uma assembleia tradicional denominada "majlis", onde todos são chamados a resolver diferenças, Jaber reforça a importância de demonstrar flexibilidade, agir com urgência e encontrar pontos em comum entre as quase 200 nações presentes nas negociações.
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"O que buscamos é o bem comum. O que buscamos é o melhor para todos, em todos os lugares", afirma Jaber, enfatizando a necessidade de uma abordagem colaborativa.
A discussão central em Dubai gira em torno da questão crucial sobre os combustíveis fósseis, com representantes como Ralph Regenvanu de Vanuatu e Jennifer Morgan, enviada especial alemã para o clima, destacando a importância de uma declaração clara alinhada com a meta de +1,5ºC.
A hesitação internacional em abandonar os combustíveis que impulsionaram o crescimento por cerca de 150 anos é evidente, com a Arábia Saudita liderando o bloco mais resistente, seguida pela Índia, ainda dependente do carvão para três quartos de sua eletricidade.
A COP de Dubai busca endurecer metas, expandir energias renováveis e fornecer financiamento adequado para a transição, reconhecendo os desafios enfrentados pelos países menos desenvolvidos.
Medidas contra impactos das mudanças climáticas
Além da questão dos combustíveis fósseis, a COP 28 em Dubai aborda a adaptação, com discussões sobre medidas físicas e econômicas para enfrentar os impactos das mudanças climáticas, incluindo barreiras marítimas e desenvolvimento de cultivos resistentes a secas.
Apesar dos desafios, a presidência dos Emirados apresenta um rascunho da Meta Global de Adaptação, embora críticos apontem a falta de clareza em termos de objetivos, indicadores e meios de implementação.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, retorna para impulsionar as negociações, mas a Agência Internacional de Energia estima que, até agora, os compromissos reduzirão as emissões de gases do efeito estufa em apenas 30% até 2030, aquém do ideal.
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