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COP 27: Abaetetuba participa de debate sobre desafios das cidades na Amazônia

Centros urbanos vão concentrar 60% da população até 2030 e serão decisivos no esforço de combater crise climática, aponta Instituto

Daniel Nardin

A prefeita de Abaetetuba, Francineti Carvalho, é uma das convidadas a participar de uma mesa de debates na COP 27 sobre os desafios de buscar um desenvolvimento que concilie as pessoas e o meio ambiente nas cidades amazônicas. A 27ª Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 27) é realizada na cidade de Sharm El-Sheikh, no Egito, até o dia 18.

A COP 27 é o mais importante evento sobre ação climática no mundo e reúne autoridades, empresas, pesquisadores e lideranças de diversas áreas para definição de acordos climáticos e metas para garantir o desenvolvimento sustentável.

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Entre os principais desafios atuais, segundo a prefeita, é a gestão de resíduos e a mudança de cultura das comunidades. “A mesa terá três mulheres prefeitas, com diferentes perspectivas. E um desafio comum é a questão do descarte de resíduos, que é um problema vivido por todos. Nós temos a coleta nas comunidades ribeirinhas, que é mais complicada. Temos que encontrar financiamento, superar as burocracias de financiamento e implementar soluções técnicas viáveis”, diz. “Vejo que a COP 27 é uma oportunidade de firmar parcerias. E conhecer mais experiências para que possamos aplicar, com a devida adaptação para a nossa realidade, soluções. O conhecimento é a maior ferramenta de poder e vamos buscar isso”, complementa.

Ela também destaca projetos que possam educar crianças e adolescentes desde cedo a ter boa relação com o meio ambiente em que vivem. “Temos projetos que começam na infância, como o agente ambiental mirim, já com orientação de educação ambiental, o descarte correto e a criação de uma nova cultura para que elas sejam multiplicadoras dessa visão de preservação com sustentabilidade e desenvolvimento”, afirma.

Dados - De acordo com o instituto Alziras, mais da metade da população mundial vive em centros urbanos e a previsão da Organização das Nações Unidas (ONU) é de que esse número irá saltar para 60% até 2030. “Por sofrerem diretamente os impactos das mudanças climáticas, as cidades têm um importante papel a desempenhar para seu enfrentamento. Este painel tem como objetivo promover o debate sobre o que está sendo feito concretamente para que a crise climática seja enfrentada de forma equitativa nas cidades amazônicas, sob a liderança de mulheres, entendendo que elas têm um papel fundamental na construção de novos paradigmas de desenvolvimento centrado nas pessoas e na natureza”, diz o texto assinado por Clara de Sá e Michelle Ferreti Codiretoras do Instituto Alziras.

“Os governos subnacionais possuem grande centralidade nesta agenda, já que muitas das soluções para os desafios climáticos se dão no âmbito das cidades. Da mesma forma, o protagonismo das mulheres à frente das soluções climáticas tem se mostrado imprescindível para moldar um futuro mais saudável, sustentável e inclusivo. Neste sentido, a participação de mulheres chefes do executivo municipal de cidades brasileiras na COP27 é estratégica para que a comunidade supere, de modo mais efetivo, os desafios da crise climática na esfera local”, afirma o comunicado do Instituto Alziras sobre o debate.

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