Conciliar preservação com oportunidades para a população é o desafio da COP 30, avalia Helder
Governador afirma que a preservação ambiental precisa estar associada à criação de oportunidades para as pessoas, sobretudo as que vivem na Amazônia

O governador do estado do Pará, Helder Barbalho (MDB), acredita que um dos principais desafios da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30) será a conciliação entre a preservação ambiental e a criação de oportunidades para a população de regiões de florestas, especialmente a Amazônia. “Nós temos que preservar a floresta, mas nós temos que lembrar que nós temos milhões de pessoas que vivem na região, que vivem e precisam sustentar as suas famílias", declarou Helder, em entrevista ao Portal Metrópoles.
"Esta conciliação é o grande desafio para que nós possamos efetivamente ter a preservação ambiental e cuidar das pessoas como a agenda central do nosso país. (…) Temos na Amazônia 29 milhões de pessoas que precisam ter oportunidade de empregos verdes”, ressaltou.
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A COP 30 será realizada em Belém, dos dias 10 a 21 de novembro, e reunirá delegações de mais de 190 países. O evento, realizado pela Organização das Nações Unidas (ONU), busca direcionar esforços coletivos para reduzir os efeitos da crise climática, decorrentes do aquecimento global.
Questionado se o evento seria um encontro com foco na obtenção de financiamento para ações de mitigação e adaptação à mudança climática, o governador afirmou que são assuntos convergentes.
“O que aponta o embaixador André Corrêa do Lago (presidente da COP30) é que os países desenvolvidos têm que financiar os países em desenvolvimento para que este desenvolvimento seja com práticas de redução de emissões. E aí o financiamento climático é fundamental para que nós possamos, por exemplo, viabilizar a transição energética”, declarou Helder Barbalho, durante a entrevista.
Para ele, o Brasil acertou em promover a articulação e um chamado para que os países e as comunidades globais se envolvam no evento de novembro deste ano. “Inclusive nesta semana, o Brasil apresenta a primeira carta que significa a apresentação daquilo que o Brasil deseja fazer de chamamento e de articulação. E cabe isto ao país sede. Deve-se chamar todas as nações primeiro, para reafirmar os alertas”, completou.
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