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Belém vê aumento de 54% nos aluguéis por temporada, diz líder do Airbnb na capital

Aline Marion, especialista do Airbnb em Belém, explica o aumento na oferta de imóveis, as principais dúvidas dos novos anfitriões e o impacto da COP 30 no mercado de aluguéis por temporada.

Gabi Gutierrez

Com a proximidade da  30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que ocorrerá em novembro, a cidade de Belém tem experimentado um crescimento significativo no mercado de aluguéis por temporada. A procura aumentou em 54% desde o início deste ano, o que reflete a grande expectativa pelo evento internacional e a busca por opções de hospedagem alternativas. Aline Marion, líder da comunidade de anfitriões do Airbnb em Belém, compartilhou insights sobre esse crescimento e os desafios enfrentados por aqueles que desejam transformar suas propriedades em fontes de renda extra.

Marion destaca que o número de novos anfitriões tem crescido a cada dia. "Em janeiro, tínhamos turmas de 300 a 350 pessoas participando de nossas orientações. Agora, mesmo com a procura um pouco menor, ainda temos mais de 180 alunos por turma, e o aumento já é de 54% na procura", afirmou. As aulas promovidas pelo Sebrae têm sido uma das principais fontes de orientação para quem deseja começar a alugar imóveis por temporada, com turmas lotadas todas as quartas-feiras.

Desafios para novos anfitriões

Entre as principais dúvidas dos novos anfitriões, Marion menciona o receio de que o tempo não seja suficiente para finalizar as obras nos imóveis antes da chegada do evento. No entanto, ela tranquiliza aqueles que estão começando: "Muitas pessoas ainda estão com as casas em obras, mas isso não é um impedimento. Há tempo para concluir as reformas e ainda obter visibilidade na plataforma, principalmente com o grande fluxo de turistas esperado para a COP 30", explicou.

Ela também destacou o aumento no número de anúncios na cidade, que já supera os 12.000 na região metropolitana de Belém. Esse aumento, segundo Marion, reflete a crescente confiança dos anfitriões, mas também evidencia a concorrência no mercado. "Muitas pessoas ainda estão com receio, mas a procura está muito grande, e eu tenho certeza que todos esses novos anfitriões vão conseguir disponibilizar suas acomodações para o evento", afirmou.

O desafio da precificação

Outro ponto abordado por Marion foi o aumento nos preços de aluguel por temporada. Com a expectativa de alta demanda durante a COP-30, muitos imóveis têm sido ofertados a preços elevados, o que gerou discussões sobre a necessidade de um equilíbrio no mercado. "É muito natural no início que as pessoas não saibam precificar adequadamente. Algumas tentam se aproveitar do momento, mas, com o tempo, o mercado vai se equilibrando", disse Marion, lembrando que o mercado de aluguéis por temporada é dinâmico e tende a ajustar os preços conforme a concorrência.

Ela também comparou a situação com o que ocorreu em outros países durante grandes eventos internacionais, como a COP realizada em Baku, onde os preços também dispararam no início, mas se ajustaram ao longo do tempo. "A COP-30 é um evento único e de grande porte, e é natural que os preços passem por esse período de ajuste. A tendência é que se estabilizem conforme mais pessoas se acostumam com a ideia de alugar suas propriedades", comentou.

Dicas para quem quer começar

Para aqueles que ainda estão em dúvida sobre começar a alugar seus imóveis por temporada, Marion deixou três dicas essenciais: "Primeiro, comece com o que você tem. Não é necessário ter um imóvel de luxo, pois há público para todos os perfis. Em segundo lugar, entenda que a demanda será variada, com turistas de diferentes perfis, desde executivos até estudantes. Por fim, prepare-se para oferecer uma experiência de acolhimento, pois isso será fundamental para atrair bons comentários e garantir o retorno dos hóspedes", sugeriu.

Legado do Airbnb para Belém

Marion também falou sobre o impacto do Airbnb no turismo local. Segundo ela, o maior legado da plataforma será a conscientização sobre o modelo de hospedagem compartilhada e a possibilidade de geração de renda para a população local. "O Airbnb não só fomenta o empreendedorismo e o comércio local, mas também abre a mente das pessoas para novas fontes de renda. Além disso, os hóspedes buscam experiências mais autênticas e conectadas com a cultura local, o que é uma grande oportunidade para Belém", concluiu.

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