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Confira as medidas emergenciais para minimizar os impactos da queda da ponte na Alça Viária

Entre as medidas anunciadas pelo Governo do Estado, serão construídas rampas (nos dois lados da ponte), para possibilitar o fluxo de balsas no local onde a estrutura foi destruída

Redação Integrada

Já foram articuladas, pelo Governo do Estado do Pará, as medidas emergenciais para minimizar os impactos sofridos pela população por conta do desabamento de parte da terceira ponte da Alça Viária. O incidente ocorreu após uma balsa colidir com um dos pilares da estrutura pouco depois de 1h da manhã deste sábado (6).

Serão construídas rampas (nos dois lados da ponte), para possibilitar o fluxo de balsas no local onde a estrutura foi destruída. Serão recuperados ainda os portos do Arapari, em Barcarena, e o Porto Bannach, localizado na Avenida Bernardo Sayão, no bairro do Guamá, em Belém.

Essas e outras medidas, como a decretação de estado de emergência, foram anunciadas pelo governador Helder Barbalho e pelo vice-governador, Lúcio Vale, durante coletiva neste sábado, por volta do meio-dia, na sede do Corpo de Bombeiros, em Belém.

CONSTRUÇÃO DE RAMPAS

Empresas que têm contrato assinado com o Governo do Estado farão a construção das rampas devido ao caráter de urgência da medida. "Pela gravidade do incidente, a gestão estadual decretou situação de emergência. Isso nos dará condição para termos agilidade e fazermos frente às demandas que estão surgindo. Estimamos que o custo de todo o trabalho a ser realizado gire em torno de R$ 100 milhões. Se não houver nenhum obstáculo mais complicado, é possível que possamos concluir tudo em um ano”, pontuou o governador.

REMOÇÃO DOS ESCOMBROS

Entre as primeiras ações a serem tomadas está ainda a remoção dos escombros da embarcação e da ponte, além do aumento da quantidade de balsas no Porto do Arapari, que eram três e agora já são oito embarcações. 

“Anteriormente, saía uma balsa por hora. Agora a ordem é funcionar por 24h. Encheu, saiu. Também tínhamos operação em apenas um porto, passamos para dois portos e em 10 dias teremos um terceiro. Tudo isso no complexo de Arapari”, ressaltou o governador. 

O segundo porto em questão é o da Henvil, localizado na Bernardo Sayão, ao lado do antigo prédio da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob).

ASFALTO E ACELERAÇÃO DE OBRAS

Outras medidas anunciadas são: asfaltar 55 km da Estrada Quilombola, vicinal da cidade de Moju, que será uma alternativa de fluxo para veículos de passeio e ônibus; acelerar as obras na PA-252, que liga o município em questão ao Acará, já iniciadas; instalar defensas em todas as pontes do Complexo da Alça Viária, que são proteções que ficam nas bases dos pilares; executar obras de melhoria na Avenida Bernardo Sayão, onde ficam os portos que saem para o Arapari.

SINALIZAÇÃO

Também será implementada sinalização em Marituba, para evitar que as pessoas peguem a balsa – essa ação também será realizada no Arapari, na PA-252, na rodovia Perna Sul e na rotarória da Alça Viária. Além disso, será estendido o efeito do Decreto que isenta de ICMS as empresas que fazem a travessia de balsa Belém-Arapari-Belém por tempo indeterminado.

Localização dos portos em funcionamento em Belém:
Porto da Henvil: Avenida Bernardo Sayão, próximo ao antigo prédio da Semob. Funcionando 24h por dia.
Porto da Celte: Avenida Bernardo Sayão, entre travessa Padre Eutíquio e José Bonifácio. Funcionando 24h por dia.

RESPONSÁVEIS

Outra medidas são ajuizar ação contra os responsáveis pelo acidente, sejam proprietários, tripulantes e donos de mercadoria; interditar a navegabilidade do trecho – ação já executada pela Capitania dos Portos; e reforçar o policiamento na PA-483 (Alça Viária), para desviar o fluxo de veículos que seguiriam pela rodovia e encaminhar esses condutores para fazer a travessia Belém-Arapari-Belém, que também contará com agentes da Polícia Militar.

A PONTE ATINGIDA PELA BALSA

Quatro pontes formam a Alça Viária, na ordem de saída do município de Moju: a ponte Cidade do Moju, a ponte Rio Moju - que teve parte destruída, a ponte Rio Acará e a ponte rio Guamá. A terceira ponte, que possui 868 metros de extensão e 23 de altura, teve três pilares danificados após um balsa que transportava dendê colidir com pilares, o que fez desabar 268 metros de pista. A balsa atingiu o oitavo pilar, provocando a queda de quatro vãos da estrutura de concreto.

O Liberal