Tecnologia ajuda a criar as profissões de futuro
Setor mineral avança rumo à geração de emprego e renda no Estado para os próximos anos
Setor de grande importância para o desenvolvimento econômico do Pará, a indústria da mineração tende a ser uma das grandes responsáveis por ofertar oportunidades de geração de emprego e renda para a população local nos próximos anos.
De acordo com o Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (Simineral), até 2024 a indústria mineral pretende investir R$ 22,013 bilhões apenas no território paraense, e outros R$ 18,863 bilhões serão investidos em infraestrutura, transformação mineral e demais negócios, como a produção de biodiesel. Em números, esse montante é capaz de gerar 266 mil empregos diretos e indiretos na cadeia produtiva local, além de responder por 20% do Produto Interno Bruto (PIB) paraense.
Ao longo dos últimos anos, a mineração tem sido um dos principais motores de crescimento da região Norte, especialmente no Pará, onde se encontram as duas maiores jazidas da região: a de Oriximiná, que lavra bauxita, com maior parte da produção destinada à exportação; e a de Serra dos Carajás, que aparece como uma das maiores do planeta e produz o minério de ferro mais puro do mundo. Localizada no sudeste do Estado, Carajás concentra, ainda, uma diversidade de minerais, entre eles manganês, cobre, bauxita, ouro, níquel e estanho.
Sendo uma atividade bem-sucedida, com altos investimentos, retorno garantido e rica em área de atuação profissional, a mineração emprega diversos perfis profissionais de diferentes áreas e níveis de conhecimento. Algumas profissões, no entanto, se destacam e prometem ser as mais promissoras no setor mineral.
ENGENHARIA
O Mapa do Trabalho Industrial 2019-2023, elaborado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), mostrou que as profissões ligadas à tecnologia estão entre as que mais vão crescer nos próximos anos.
De acordo com o levantamento, estima-se que a ocupação de condutor de processos robotizados apresentará a maior taxa de crescimento percentual do número de empregados para o período: 22,4% de aumento nas vagas disponíveis, enquanto o crescimento médio projetado para as ocupações industriais será em torno de 8,5%.
Esse resultado reflete as mudanças tecnológicas e a automação do processo de produção, que demandará cada vez mais profissionais na área de implementação de processos robotizados. Por outro lado, alguns analistas de mercado apontam que uma das áreas mais requisitadas quando se fala em mineração é a da engenharia, em várias atuações.
A necessidade de mão de obra especializada vai desde o engenheiro de minas, responsável por toda a movimentação de minério e a recuperação ambiental da área em que ele está sendo extraído; engenheiro ambiental, ligado às questões socioambientais e dos recursos ambientais nos projetos de engenharia e de toda área de mineração; passando pelo engenheiro de produção, que acompanha e controla todo o processo de produção e de manutenção dos serviços realizados nas áreas de mineração, assim como a logística e o planejamento; engenheiro eletricista, responsável pelo planejamento e criação de toda parte elétrica na área de mineração, além da elaboração de projetos corretivos e preventivos; e o engenheiro metalúrgico, que estuda e aplica seus conhecimentos em metais, do ato da extração até o processo final, na aplicação.
Mão de obra do futuro
O Brasil terá de qualificar 10,5 milhões de trabalhadores em ocupações industriais nos níveis superior, técnico, qualificação profissional e aperfeiçoamento até 2023. As áreas que mais vão demandar formação profissional são:
♦ Transversais
1,7 milhão de profissionais
♦ Metalmecânica
1,6 milhão de profissionais
♦ Construção
1,3 milhão de profissionais
♦ Logística e Transporte
1,2 milhão de profissionais
♦ Alimentos
754 mil de profissionais
♦ Informática
528 mil de profissionais
♦ Eletroeletrônica
405 mil de profissionais
♦ Energia e Telecomunicações
359 mil de profissionais
Fonte: Senai
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