Mercado de trabalho exige habilidades específicas
Com um cenário cada vez mais competitivo, as empresas buscam profissionais qualificados para atender seus objetivos estratégicos
O setor da indústria mineral também tem despontado como um dos que mais empregam no país, e no Pará não é diferente. Dados exclusivos do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mostram que, no primeiro semestre deste ano, houve crescimento no emprego formal na indústria extrativa no Pará, fechando a primeira metade de 2020 com saldo positivo.
O estudo aponta que foram feitas, entre janeiro e junho, 1.735 admissões no setor, contra 1.183 desligamentos, gerando um saldo de 552 postos de trabalhos. Esse número ficou distribuído entre as atividades de apoio à extração de minério, com perda de 151 postos de trabalhos; a extração de minérios metálicos, com saldo positivo de 719 postos; e a extração de minérios não-metálicos, com saldo negativo de 16 postos de trabalho. Apenas em junho, houve 672 admissões e 132 desligamentos, fechando o mês com saldo positivo de 540 empregos. Nos meses anteriores, os saldos ficaram da seguinte forma: 21 negativos em janeiro; 91 positivos em fevereiro; 59 negativos em março, no início da pandemia no Estado; 42 negativos em abril; e 43 positivos em maio.
O gerente de educação profissional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Davis Siqueira, explica que a atualização constante é um fator essencial para quem busca vagas de emprego, além de desenvolver competências, habilidades, atitudes, valores éticos e uma cultura de gestão para os resultados. "A capacitação profissional é importante para elevar nossa produtividade. E, no mercado de trabalho, isso oferece uma vantagem competitiva. É preciso lembrar que a capacitação profissional não limita apenas a conhecimentos técnicos. Ela também envolve as competências emocionais, chamadas de soft skills e competências sociocognitivas, como compreender um problema e apresentar soluções", diz.
Para quem busca oportunidades na indústria da mineração, especificamente, ele indica que a pessoa esteja atenta às demandas regionais e nacionais, e que busque ter fluência em idiomas e conhecimento sobre as exportações e importações minerais. Isso tudo porque, segundo ele, o mundo vive um cenário cada vez mais competitivo, e as empresas buscam pessoas mais qualificadas para atender seus objetivos estratégicos.
"O mercado de trabalho é dinâmico e sofre contínuas mudanças. Pensando nisso, acredito que os profissionais que buscam uma oportunidade na área da mineração precisam ser ágeis, flexíveis, proativos e inovadores. É necessário ter habilidade de solucionar problemas, capacidade de negociação, inteligência emocional e a visão de negócio da empresa, além de uma boa formação acadêmica. Também é necessário se manter atualizado, ter disponibilidades para viagens e buscar aperfeiçoamento diário", pontua Davis.
O especialista ainda orienta as pessoas que nunca trabalharam na área da mineração, mas que buscam uma chance. Essas devem começar pelo networking, ou seja, buscar contatos profissionais que possam estreitar os laços entre empregado e empregados. Uma das opções é o LinkedIn, site estritamente profissional. Lá, é possível criar uma rede de amigos virtuais com os mesmos interesses que os do profissional, bem como ficar por dentro de assuntos específicos, acompanhando o que há de novo no mercado. "Primeiro, atualize seu currículo. Diariamente, vejo diversas oportunidades do segmento. Outra dica é acessar as revistas e outras literaturas dedicadas à área, e buscar conhecer a plataforma Mundo Senai, onde há diversas oportunidades de cursos em várias modalidades, de maneira gratuita ou a preços acessíveis. Na aba 'Contrate-me', é possível cadastrar o currículo e encontrar vagas de empregos em todo país", finaliza o gerente de educação profissional do órgão.
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