Mercado absorve mão de obra técnica e qualificada
Profissionais formados por cursos voltados para o setor industrial ajudam a contribuir para o desenvolvimento econômico do Estado
A qualificação profissional abre inúmeras portas dentro do mercado de trabalho, e um colaborador pode alavancar sua carreira a partir de suas capacitações. Para quem não tem tempo ou recurso de investir em uma graduação ou pós-graduação, os cursos técnicos são uma alternativa, pelo tempo mais curto e o investimento mais baixo, além de ser um facilitador do ingresso no mercado.
"Muitas vezes, há preferência pelo técnico, e as oportunidades aumentam potencialmente" - Davis Siqueira, gerente executivo de educação profissional do Senai.
O gerente executivo de educação profissional do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Davis Siqueira, afirma que a formação técnica está entre as mais procuradas pelos empregadores. Segundo dados da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), 70% dos alunos de cursos técnicos conseguem empregos no primeiro ano de formados.
Para ele, um dos motivos é que “a capacitação técnica tem foco nas atividades práticas, com formação que simula a realidade do mercado de trabalho, enquanto na educação superior, por ter um leque maior de áreas de conhecimento, a capacitação específica do curso acaba sendo mais superficial. Por isso, muitas vezes, há preferência pelo técnico, e as oportunidades aumentam potencialmente”.
Dentro da instituição, os cursos de habilitação técnica de nível médio ofertados são presenciais e semipresenciais, nas áreas de automação industrial, edificações, eletroeletrônica, logística, manutenção e suporte em informática, redes de computadores, segurança do trabalho, papel e celulose, química, açúcar e álcool, alimentos, eletromecânica, mecânica, manutenção automotiva, têxtil, refrigeração e climatização, entre outros passíveis de customizações. Pela indústria, os mais procurados, segundo Davis, são os de automação industrial, eletroeletrônica, eletromecânica e mecânica.
Os cursos técnicos do Senai são divididos em módulos, com cinco ou seis unidades curriculares e duração média de um ano e meio. O primeiro módulo é o básico ou introdutório, seguido dos mais específicos.
“A complexidade dos nossos cursos são gradativas e preconizam o desenvolvimento de três competências: básicas, específicas e de gestão. Ao final do curso, o aluno deverá apresentar trabalho de conclusão de curso. Vale lembrar que utilizamos inúmeros recursos tecnológicos nas nossas aulas para facilitar o processo aprendizagem dos alunos. Outro ponto relevante é que a instituição possui metodologia própria - metodologia Senai de educação profissional”, destaca o gerente executivo.
Na avaliação do profissional, além da própria carreira, quem tem boa formação contribui também para o desenvolvimento do Estado. “É preciso, inclusive, refletir sobre a experiência de alguns países, como Finlândia e Alemanha, que foram bem avaliados no Programa de Avaliação Internacional de Estudantes, investindo em educação profissional. No nosso caso, os cursos focados na prática e na necessidade da indústria impulsionam a competitividade e contribuem para o desenvolvimento econômico”, enfatiza.
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