Estudo dos genes ajuda a conhecer biodiversidade

Abílio Dantas

Dentro das atividades específicas do ITV, um dos principais projetos é a utilização da genômica como tecnologia para mapear a biodiversidade dos ambientes. A genômica é o estudo do DNA, que consiste no material genético dos seres vivos transmitido à sua prole. O biólogo e pesquisador assistente Santelmo Vasconcelos explica o caráter inovador do Instituto nas cangas no intuito de classificar geneticamente as espécies encontradas.

“Cada classe de organismos, fauna, flora, fungos, possui o seu critério específico de classificação e que possui diferentes processos. Se encontro uma espécie que ainda não foi descrita, preciso descobrir quais são as diferenças entre ela e as outras que já foram descritas do mesmo gênero, que são mais proximamente aparentadas, e essas diferenças é que vão fazer com que essa espécie nova seja caracterizada. Esse processo é relativamente demorado. Para que nós possamos fazer a classificação molecular anterior é bem mais rápido, às vezes precisamos apenas de um pedaço de uma folha, no caso de uma árvore. Isso é feito priorizando as circunstâncias dessa espécie, se está ameaçada ou se é economicamente importante, como é o caso do jaborandi”, explica.

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O pesquisador assistente Rafael Borges, também membro da equipe de pesquisadores do ITV, demarca a importância das pesquisas para as atividades da mineradora, tendo em vista metas ambientais como redução de emissão de carbono e a compreensão das formas de preservar as espécies encontradas.

“O ITV vem colocar uma camada de conhecimento científico sólido para contribuir com o planejamento estratégico da empresa. A gente trabalha com pesquisa de longo prazo, mas isso não significa que a empresa não é capaz de absorver o que é desenvolvido. A gente sempre tenta traduzir toda a complexidade do nosso estudo em conhecimento prático que possa ser adaptado pela indústria. Temos alguns exemplos como o monitoramento da qualidade do solo, da água, do estado bioquímico de plantas que são resgatadas ou transferidas, então conseguimos fornecer informações precisas, confiáveis, idôneas, porque nossas pesquisas são, sempre que possível, publicadas e revisadas pelos pares. A apropriação disso pela indústria é um desafio que passa, inclusive, pela forma como a gente se comunica”, analisa.

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SOLO

Para além das pesquisas de genômica, no campo de estudos do solo, Rafael Borges trabalha com conhecimentos de bioquímica para identificação e classificação de proteínas em larga escala que são capazes de monitorar a qualidade do solo nos ambientes.

A gente consegue ver, por exemplo, como uma área sai do estado zero de recuperação de um solo exposto, completamente degradado, até a recuperação dos microrganismos do solo”, afirma.

Para o desenvolvimento dos estudos de genômica, o ITV possui hoje um dos laboratórios mais bem equipados da América Latina, que permite o mapeamento das espécies estudadas com rapidez e precisão inéditas.

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