Mais 10 mil vagas serão abertas em concursos até 2026, segundo ministra do governo
Ela projeta, inclusive, a possibilidade de um novo Concurso Nacional Unificado (CNU), o chamado "Enem dos Concursos", entre 2025 e 2026
A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos do governo federal, Esther Dweck, responsável pela administração de servidores públicos, concursos e empresas estatais, adiantou, em entrevista ao GLOBO, que o governo planeja abrir de 9 mil a 10 mil novas vagas para concursos até 2026, além das 9 mil já autorizadas.
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Ela projeta, inclusive, a possibilidade de um novo Concurso Nacional Unificado (CNU), o chamado "Enem dos Concursos", entre 2025 e 2026, com expectativa de abertura de 18 mil a 20 mil novas vagas nos próximos dois anos. Dweck também discutiu o aumento salarial para os servidores civis ao longo dos próximos anos, mencionando um incremento de 18% em quatro anos, parcelado em três etapas. Segundo a ministra, não há espaço para que isso aconteça neste ano.
Administração
Em relação às propostas de reforma administrativa do governo, Dweck destaca a prioridade em projetos de transformação do Estado, incluindo áreas como pessoal, transformação digital e organização de processos. Ela mencionou discussões sobre a criação de novos modelos para estatais dependentes e ajustes nas carreiras dos servidores.
Dweck enfatizou, na entrevista, a importância da avaliação de desempenho dos servidores, citando o Programa de Gestão e Desempenho como um laboratório para isso. Pela sua sugestão, o desempenho individual dos servidores será baseado em suas contribuições para a execução de políticas públicas.
Sobre a possibilidade de redução de gastos, Dweck destacou a importância de melhorar a qualidade do gasto público e mencionou a transformação digital como um meio de reduzir a necessidade de servidores. Ela aponta a digitalização de processos na Previdência como um exemplo desse esforço, destacando a redução de fraudes e pagamentos indevidos de benefícios.
Imóveis da União
A ministra do governo federal também planeja expandir outro programa sob sua responsabilidade: a transferência de imóveis da União para outros entes federativos, movimentos sociais e setor privado, visando à construção de habitações e equipamentos públicos.
Mais de 500 imóveis estão atualmente em processo de análise para repasse, com pelo menos outros 500 sendo considerados para inclusão nessa lista. A Secretaria de Patrimônio da União (SPU) contará com assistência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Caixa para desenvolver projetos para o uso do portfólio de imóveis federais.
Quando questionada sobre a possibilidade de ampliar o número de imóveis da União destinados a moradias e outros propósitos, Dweck menciona que mais 500 estão em análise, totalizando mil. Ela destaca que o programa aumentará a demanda por esses imóveis, citando exemplos como a Rede Ferroviária e os galpões do Instituto Brasileiro do Café, que possuem potencial para armazenamento ou outros usos.
Sobre a criação de um fundo de investimentos lastreado em parte da carteira de imóveis da União, Dweck menciona que a ideia não foi abandonada, mas estão sendo consideradas soluções financeiras inovadoras em parceria com a Caixa e o BNDES. Ela está estruturando uma assessoria econômica na SPU para esse fim.
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