Com provas do CNU adiadas, cursinho de Belém abre turmas de revisão e candidatos retomam estudos
“Enem dos Concursos” teve a data de provas alterada após as enchentes e inundações que aconteceram no Rio Grande do Sul
O adiamento das provas do Concurso Nacional Unificado (CNU) para o segundo semestre deu mais tempo para os candidatos se prepararem. Conhecido como “Enem dos Concursos”, o certame teve a data de provas alterada após as enchentes e inundações que aconteceram no Rio Grande do Sul.
Em Belém, essa mudança está sendo aproveitada por quem trabalha com concursos públicos. A diretora pedagógica de um cursinho voltado para esse tipo de prova, Márcia Pessoa, diz que, antes mesmo de o edital ser lançado, quando começaram as especulações sobre esse concurso, as turmas já foram abertas. Depois, com as regras publicadas, de seis a oito classes focadas no CNU foram inauguradas, voltadas para diversos blocos.
Com o adiamento, Márcia conta que a empresa abriu novas turmas de revisão, focadas em resolução de questão, para treinamento. “O que tinha que ser estudado, a gente acredita que o aluno já conseguiu fazer essa preparação, então agora é muita resolução de questão, tentar ainda direcionar naqueles pontos mais fracos que ainda vale a pena dar uma investida maior, uma revisada, mas tudo com muita resolução de questão, muito treino”, afirma.
Preparação
A arquiteta e urbanista Natália Puget, de 31 anos, estava se preparando há algum tempo para as provas. Ela viu no certame uma oportunidade de trabalhar com urbanismo na esfera pública, com planejamento e infraestrutura. “Me chamou atenção também o fato de que a quantidade de vagas ofertadas é bem maior que o de costume nos concursos para minha área. Escolhi o Bloco 1, que é o Bloco de Infraestrutura, Exatas e Engenharia, e dentro dele escolhi alguns cargos específicos para arquiteto ou como analista de infraestrutura”, conta.
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Embora tivesse certeza da área, Natália não estava conseguindo estudar como gostaria. Com o trabalho e tantas matérias no conteúdo programático, ela diz que acabou ficando ansiosa e só estava conseguindo se dedicar durante duas horas de cada dia, a partir de um pacote de cursos online, para estudar em casa.
“Tive muita ansiedade porque muitas matérias do CNU são bastante específicas e nunca vistas em outros concursos para arquitetura, especificamente. Isso me deixou bastante insegura. Só consegui pegar o ritmo quase perto da prova, então não estava me sentindo preparada como eu queria e imaginava”, lembra.
Com o tempo extra, Natália pretende estudar por volta de quatro horas diárias, com matérias intercaladas, junto à resolução de questões. “Isso me encheu de vontade e força para focar preferencialmente em matérias que eu achava que estava deficiente, melhorar mais onde já estava bem e conseguir otimizar mais o meu tempo, montando um cronograma eficiente de acordo com minhas atividades diárias”.
Reta final
Já o administrador Vitor Mendes, de 24 anos, está estudando para o Bloco 4, para o cargo de auditor fiscal do trabalho. Ele conta que estava se sentindo preparado para a realização da prova e já tinha estudado mais de 80% do edital, com foco exclusivo para as disciplinas com maior peso no edital. O aprendizado estava sendo feito de forma online, por meio de um cursinho, onde ele conseguia acompanhar tudo sozinho.
“Na semana que antecedeu a prova, eu estava basicamente focado em revisões e exercícios. Estava me sentindo preparado para a realização da prova porque tinha feito um bom acompanhamento, um bom estudo, um bom preparatório, principalmente na prova discursiva. Entendo que o adiamento foi necessário e concordo com a decisão, acho que todos têm o mesmo direito de fazer o concurso”, defende.
Agora, com mais alguns meses de prazo para estudos, Vitor quer estudar as matérias que havia deixado em segundo plano, que pesam menos no edital, e continuar fazendo exercícios, principalmente nos tópicos nos quais ele tinha mais dificuldade. Márcia Pessoa pontua que, para quem já estava se preparando, o adiamento será positivo. Este, segundo ela, é o momento de “aparar arestas”.
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