Deolane alugava apartamento para líder ligado ao PCC por R$ 5 mil; entenda a relação
Gordão revelou que pagava R$ 5 mil de aluguel pelo apartamento de Deolane.
O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) esclareceu a relação de Deolane Bezerra Santos com o PCC (Primeiro Comando da Capital).
Everton de Sousa, o Gordão, preso em 27 de outubro de 2021 por suspeita de lavagem de dinheiro para a organização, disse durante interrogatório que pagava R$ 5 mil por mês pelo aluguel de um apartamento na Rua Anália Franco, Tatuapé, zona leste de São Paulo.
De acordo com o Deic, esse imóvel era de Deolane. A influenciadora foi presa em Recife em uma operação contra organização criminosa acusada de envolvimento em jogos de azar e lavagem de dinheiro.
Os agentes de segurança estiveram no apartamento cumprindo mandados de prisão temporária e de busca e apreensão. A própria Deolane e uma irmã dela, também advogada, acompanharam a ação do Deic.
Gordão disse em depoimento, prestado em 5 de novembro de 2021 na 6ª Delegacia de Investigações sobre Facções Criminosas e Lavagem de Dinheiro, do Deic, que pagava R$ 5.000 de aluguel pelo apartamento de Deolane e mais R$ 1.200 de condomínio.
Já a mulher de Gordão, que foi presa na mesma operação, em interrogatório ela disse que o marido havia alugado o apartamento de Deolane Bezerra, em contrato verbal, porque ele era amigo dela. A depoente não soube dizer o valor da locação.
No dia da operação, foram apreendidos porções de drogas, uma pistola Taurus furtada, um aparelho usado para bloquear sinal de telefone celular - muito utilizado pelas quadrilhas de roubos de cargas e assaltos a bancos -, cinco telefones celulares e um automóvel BMW.
O casal foi investigado por lavagem de dinheiro após a prisão de dois homens flagrados com 199 tabletes de cocaína em abril de 2020, na região metropolitana de São Paulo. Com a droga, havia um bilhete com endereço relacionado a Everton.
Gordão não chegou a ficar um mês preso após a operação. Ele acabou condenado a um ano em regime aberto apenas pelo porte de arma. A Justiça entendeu que as porções de drogas apreendidas no imóvel não configuraram crime de tráfico de entorpecentes. A mulher dele já estava livre.
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