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Os tesouros da Freguesia da Estrela

O Jardim e a Basílica da Estrela, em Lisboa, guardam histórias e belezas únicas

Anna Carla Ribeiro

Não é à toa que o Jardim da Estrela, em Lisboa, Portugal, era um dos locais preferidos pela rainha D. Maria II para passear com os seus primogênitos. Quem por ali chegar, logo irá perceber que não foi só a antiga coroa portuguesa que tomou gosto pelo lugar. É não só um dos jardins mais conhecidos da capital, como também um dos que mais vive lotado. Também, pudera. É só a primavera dar as caras para que o jardim possa oferecer aos seus visitantes a mais bela e diferenciada paleta de cores, expressas em suas flores e árvores. Chega a lembrar as tonalidades da fotografia do filme “O Jardim Secreto”, de 1993, com a diferença de que, na realidade, esse jardim foi feito para que qualquer um possa desfrutar-se dele. 

Basílica da Estrela – O jardim também é situado num local estrategicamente bom para quem quer turistar por Lisboa: fica bem em frente a uma das basílicas mais bonitas da cidade, a Basílica da Estrela. Conhecer os dois juntos é quase como um combo obrigatório.  
A Basílica é mais antiga que o jardim - foi inaugurada em 1794 - e possui algumas curiosidades. Ela foi a primeira igreja do mundo dedicada ao Sagrado Coração de Jesus, tendo por base as revelações de Cristo a Santa Margarida Maria de Alacoque. É lá também que está sepultada a rainha D. Maria I. A rainha é a única monarca portuguesa da dinastia de Bragança (com exceção ao rei D. Pedro, imperador do Brasil, que se encontra sepultado na cidade de São Paulo) que não se encontra no Panteão da Dinastia de Bragança. Foi a própria D. Maria I que mandou erguer a Basílica.

Após conhecer um pouco mais dos tesouros da freguesia da Estrela, há, ainda, pelo menos mais duas boas possibilidades de passeio: ou pega-se o Elétrico 28 (uma espécie de bondinho que tem como rota os principais pontos turísticos de Lisboa, incluindo o Cais do Sodré e os famosos miradouros da freguesia da Graça), pois há uma parada bem em frente ao Jardim e à Basílica, ou pode-se ir a pé mesmo, seguindo os trilhos desse mesmo elétrico a caminho do Cais do Sodré, até chegar às margens do Rio Tejo. São 40 minutos de caminhada, mas a boa notícia é que é descida. Já as paisagens do caminho são garantia de satisfação.     

 

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