A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que ocorre em novembro de 2025 em Belém, representa uma oportunidade para o Brasil demonstrar liderança global em questões climáticas. O governo do Pará, em parceria com o governo federal e com a prefeitura de Belém, coordena esforços para garantir que a capital paraense esteja pronta para receber líderes mundiais e representantes de diversos setores.
Entre as ações prioritárias, estão os investimentos em infraestrutura para melhorar a mobilidade urbana e a recepção de milhares de visitantes esperados para o evento.
Uma das ações é a modernização do aeroporto de Belém. Projetos de melhoria do transporte público também seguem em andamento. Há uma concentração de recursos em ações de mobilidade urbana e saneamento, para atender às demandas do evento e deixar um legado duradouro para a população.
Durante a COP 29, em Baku, realizada em novembro de 2024, o governador Helder Barbalho apresentou o andamento das obras, destacando o Parque da Cidade e o Porto de Futuro II. Começou também a revitalização do Complexo do Ver-o-Peso, realizada em parceria com o Governo Federal, em especial no campo do saneamento básico no espaço.
Também seguem obras de requalificação e drenagem de diversos canais, como Bengui, Marambaia e Timbó. O Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano (NGTM) avança com a conclusão do BRT Metropolitano e a construção de cinco viadutos estratégicos. Outro aspecto relevante, mobilizado pela iniciativa privada, é o fortalecimento da infraestrutura hoteleira e de serviços turísticos.
No campo ambiental, os governos estadual e federal estão promovendo ações integradas para combater o desmatamento e ampliar o uso de tecnologias limpas. A COP30, sendo realizada na Amazônia, precisa materializar o compromisso global com a proteção do maior bioma tropical do planeta, e as ações preparatórias refletem essa urgência.
Portanto, não há dúvidas de que a COP30 em Belém será um evento em várias camadas. Há um viés fortemente político, com todas as representações nacionais e subnacionais – e a volta do protagonismo do Brasil nas arenas globais. Ao mesmo tempo, trata-se de uma oportunidade para catalisar mudanças estruturais no modelo de desenvolvimento amazônico, além de consolidar o país no contexto do enfrentamento da mudança climática.
O esforço conjunto dos entes constituídos é essencial não apenas para a logística e a organização do evento, mas também para a implementação de uma agenda que equilibre preservação e desenvolvimento.
O legado planejado inclui avanços em infraestrutura, na conscientização ambiental e no fortalecimento do papel da Amazônia como um ativo estratégico global para o combate às mudanças climáticas.