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Pesquisas indicam provável segundo turno para as eleições para a prefeitura de Belém

Rodolfo Marques

Várias pesquisas de intenções de voto para a prefeitura de Belém vêm sendo divulgadas, demonstrando tendências do eleitorado da capital paraense. Todas elas convergem para a provável realização de segundo turno, posto que nenhum candidato, até o momento, obteve, de forma efetiva, mais de 30% das preferências do eleitorado, na votação do dia 06 de outubro. Há, pelo menos, quatro candidaturas que demonstram competitividade para a chegada à segunda volta do pleito.

A mais importante das pesquisas divulgadas foi o levantamento estimulado realizado pela Quaest e divulgada pela TV Liberal no sábado (30/8). A pesquisa foi realizada com 900 eleitores em Belém e possui um nível de confiança de 95%, com margem de erro de 3% para mais e/ou para menos.

De acordo com os dados, o Delegado e deputado federal Eder Mauro (PL) lidera com 23% das intenções de voto, seguido de perto por Igor Normando (MDB), que tem 21%. Considerando a margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos, ambos os candidatos estão tecnicamente empatados. O atual prefeito, Edmilson Rodrigues (PSOL), apresenta 15% das intenções de voto na pesquisa. 

Jefferson Lima (PODE) teve 14% da preferência dos entrevistados no levantamento realizado pela Quaest. Em tese, portanto, qualquer um desses quatro candidatos tem margem de crescimento para poder avançar ao segundo turno, previsto para o dia 27 de outubro.

Pesquisas de intenção de voto no mês anterior a uma eleição majoritária cumprem um papel relevante na dinâmica eleitoral, oferecendo uma visão atualizada e precisa das preferências dos eleitores – e, mais do que isso, tendências. Nesse período,
os candidatos, partidos e coligações podem avaliar a eficiência de suas estratégias, ajustar suas abordagens e identificar possíveis áreas de melhoria.

Além disso, essas pesquisas ajudam a prever o comportamento do eleitorado, permitindo uma análise mais profunda das tendências e das questões que mais influenciam a decisão dos eleitores. Essa informação é vital tanto para os candidatos
quanto para os eleitores, pois proporciona um cenário mais claro das possíveis direções da eleição e contribui para uma tomada de decisão mais informada por parte de todos os envolvidos.

Em paralelo, as campanhas devem usar as pesquisas qualitativas para calibrar os principais aspectos da decisão de voto. As sondagens quantitativas vêm mostrando índices de indecisos na faixa dos 12% dos eleitores – e tal fato pode ter grande impacto
nos resultados finais.

O início do Horário Gratuito de Propaganda Eleitoral (HGPE) e a grande exposição das candidaturas, em entrevistas, campanhas de rua e falas públicas mexem com o tabuleiro do pleito. Assim, Eder Mauro, Igor Normando, Edmilson Rodrigues e Jefferson Lima vão priorizar discursos em ações em que seus pontos fortes fiquem mais evidentes – por exemplo, com a pauta da segurança pública, as Usinas da Paz, a prestação de contas da gestão e a própria comunicação, respectivamente.

As pesquisas indicam caminhos substantivos e podem ser muito úteis, mas caberá a cada campanha montar caminhos que consigam mais resultados práticos em menos tempo.

Rodolfo Marques