Pará entra em semana decisiva para o combate à pandemia. Lockdown precisa ser respeitado Rodolfo Marques 11.05.20 18h00 Em mais uma semana que se inicia, Belém e outras nove cidades do Pará vivem o período do isolamento social rígido (lockdown) e o cenário mais crítico da expansão da pandemia Covid-19. Com a ampliação das medidas restritivas, o governo do Estado e a prefeitura da capital buscam evitar o crescimento ainda maior do número de casos e o colapso nos sistemas de saúde e de serviços funerários. Em relação a prospecções, pesquisa divulgada na segunda quinzena de abril e realizada pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e pela Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) indicam que o pico da Covid-19 no Estado deva ocorrer entre os dias 13 e 15 de maio, com uma projeção de 12 mil infectados em 24 horas – possivelmente, em 14 de maio. E, em caso de não atendimento das medidas de distanciamento social – em especial o lockdown –, o cenário pode se agravar ainda mais. Até esta segunda-feira (11) – e desde o início da pandemia, o Estado registrou 7.563 casos, com 709 óbitos e 4378 pessoas recuperadas. O índice de letalidade está entre 9 e 10%, o que é muito alto, fora o problema geral das subnotificações. Dentro de suas medidas de combate à pandemia, o estado do Pará fez um investimento para a compra de respiradores para as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Os 152 equipamentos chegaram a Belém em 4 de maio, mas apresentaram problemas durante a instalação. O governo conseguiu, junto à Justiça do Pará, o bloqueio de cerca de 25 milhões de reais de ativos da empresa SKN do Brasil, que forneceu os equipamentos que apresentaram problemas. O grande prejuízo desse episódio é o tempo desperdiçado para o uso dos equipamentos corretos. Mas o governo vem agindo certo e de forma ágil para resolver essa questão. Sobre a capital do Pará, Belém, além de ser a principal cidade e epicentro da pandemia no Estado, ainda há um cenário de muita incerteza em relação ao seu principal evento do calendário religioso – o Círio de Nazaré, celebrado no segundo domingo de outubro, com cerca de duas milhões de pessoas nas ruas. O próprio prefeito da capital, Zenaldo Coutinho (PSDB-PA), indica que o evento corre riscos em sua realização, pelo menos nos moldes tradicionais e na data prevista. Certamente, ainda haverá uma noção mais clara em relação a esse assunto entre os meses de junho e de julho. Ressalta-se, pois, que em um cenário de tanta crise, busca-se paciência e confiança na ciência para que haja processos de adequação à normalidade, respeito e, acima de tudo, que se evitem disputas de cunho político e partidário entre os entes federativos. Quando mais houver um pacto entre essas esferas de poder, os esforços tendem a tornar esse processo menos dramático para a população como um todo. Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave coronavírus rodolfo marques colunas política pará governo do estado COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Rodolfo Marques . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM RODOLFO MARQUES Rodolfo Marques Preparativos para a COP 30: ações dos governos aceleram a menos de um ano do evento 13.12.24 14h00 Rodolfo Marques Belém-PA: prefeito eleito indica tendências ao escolher primeiros nomes do secretariado 29.11.24 16h00 Rodolfo Marques Cúpula de Líderes G20: Brasil retoma protagonismo nas arenas internacionais 22.11.24 16h00 POLÍTICA Pará na COP-29: discursos, debates e o ensaio geral para 2025 15.11.24 15h24