Governo Lula precisa melhorar comunicação para seguir em frente Rodolfo Marques 15.04.24 15h16 As pesquisas a respeito da popularidade do presidente Lula (PT-SP) e de seu governo, no mês de março, trouxeram algumas preocupações para o núcleo mais próximo da gestão federal. Não há dúvidas de que as manifestações bolsonaristas ocorridas em 25 de fevereiro, na Avenida Paulista, tiveram impacto neste cenário de queda de aprovação e de incremento da reprovação. A inflação dos alimentos, por exemplo, retira percentuais de apoio ao presidente da República, mesmo que em paralelo à busca do equilíbrio fiscal e na redução contínua do desemprego, Para além de decisões gerenciais e da escolha de prioridades, que são inerentes ao poder executivo, há uma grande discussão a respeito do uso das ferramentas de comunicação por parte do governo federal. A direita e a extrema-direita, que estão na oposição, lideradas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ), há anos demonstram uma maior facilidade de manejo com as ferramentas de comunicação, principalmente nas plataformas digitais. As ações – incluindo mecanismos de desinformação – são desenvolvidas de forma muito mais orgânica e efetiva. Um dos desafios do governo, principalmente a partir da Secretaria de Comunicação Social, pasta do ministro Paulo Pimenta (PT-RS), está em buscar evitar algumas falas mais polêmicas do presidente Lula e, ao mesmo, maximizar as realizações do governo, focando nas melhorias para a população como um todo – e não somente para quem votou no então candidato petista em 2022. O marqueteiro da campanha vitoriosa de Lula, Sidônio Palmeira, tem participado de encontros com a direção do PT para a busca de alternativas para melhorar os índices de aprovação ao presidente e ao próprio governo. Nas primeiras semanas de abril, o governo massificou a comunicação com o slogan “Fé no Brasil”, com o claro intuito de ampliar o diálogo com a população evangélica e para buscar parcelas do eleitorado do centro (cerca de 25% da população), que optou por Lula em 2022 de forma pontual, também como uma forma de evitar uma continuidade de Jair Bolsonaro no poder. A ideia também parece buscar um maior alcance coletivo, deixando a polarização um pouco de lado e partindo para discurso e para ações que contemplem mais o consenso e as convergências. É sempre importante pensar nos meios utilizados e na linguagem escolhida para conversar com os diferentes públicos e para ter uma comunicação de sucesso – e assertiva. Aos poucos, portanto, a comunicação do governo – e o próprio governo – precisam passar a mensagem para a sociedade de que o governo Bolsonaro (2019-2022) é uma “página virada”. As consequências do mau governo de Bolsonaro, atestadas na preferência dos eleitores no último pleito, ainda estarão presentes por um tempo, mas existe a necessidade de seguir em frente. Embora o ex-presidente tenha ainda muito apoio popular, o governo Lula deve focar nas conquistas já obtidas – principalmente nos campos econômico e social – e na consolidação democrática. E melhorar a forma de divulgar t Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave colunas rodolfo marques COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Rodolfo Marques . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM RODOLFO MARQUES RODOLFO MARQUES Debates seguem como ferramenta para escolha eleitoral, mas com cada vez menos impacto 05.10.24 0h06 RODOLFO MARQUES Belém-PA: eleições para prefeitura mobilizam mais as campanhas do que os próprios eleitores 28.09.24 0h14 Rodolfo Marques A pouco mais de um ano da COP-30, Pará luta contra crise climática 20.09.24 14h43 Rodolfo Marques Pesquisas indicam provável segundo turno para as eleições para a prefeitura de Belém 13.09.24 20h18