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Governador do Pará testa positivo para Covid-19 e o Brasil enfrenta o crescimento da pandemia

Rodolfo Marques

O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), confirmou, nessa terça-feira, 14, que testou positivo para a Covid-19. Ele ressaltou que continuará com todas as ações de combate à expansão da pandemia no Pará – e também cumprirá o período de isolamento domiciliar para evitar novas contaminações me seu entorno. Após um período em que o estado do Pará conseguiu, de certa forma, controlar o avanço da doença, os números cresceram exponencialmente, com cerca 400 casos confirmados e mais de 20 óbitos, com um a média de 5 a 6% de letalidade entre os casos registrados. O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), também confirmou estar contaminado com o novo Coronavírus. Sistemas de saúde por todo o país estão se aproximando do colapso.

O pico da pandemia, no Brasil, deve ser em meados de maio e, caso não haja um fortalecimento nas medidas de restrição à circulação de pessoas, esses números devem se tornar ainda piores. Continuam os conflitos entre o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) e as autoridades públicas de saúde, em especial com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Bolsonaro defende o fim do isolamento social horizontal e a retomada progressiva das atividades, contrariando as orientações do ministério da Saúde. Há uma tendência, inclusive, da demissão do ministro, por parte do presidente, nos próximos dias. O Secretário Nacional de Vigilância Sanitária, Wanderson Oliveira, antecipou-se e pediu demissão.

Em nível internacional, Espanha e Itália estão ainda com números altos em contaminações e mortes, mas tais índices estão em decréscimo. França e Reino Unido enfrentam períodos mais complicados com o pico da doença em seus territórios. Os Estados Unidos representam o atual epicentro da pandemia. Até esta quarta-feira, 15, o país apresentava um quadro com quase 600.000 contaminações e cerca de 26.000 mortes. Na Argentina, país vizinho ao Brasil, as ações de isolamento foram implementadas precocemente e, em um universo de 45 milhões de habitantes (cerca de 20% do total da população brasileira, para feito de comparação), houve registros, até esta quarta-feira, de 2.277 contaminações e 102 mortes. A maior parte da população argentina aderiu às orientações do governo federal e o país vem enfrentando bem a crise.

Enquanto não houver qualquer tipo de confirmação científica de tratamentos e/ou vacinas, o enfrentamento da pandemia se dá, principalmente, a partir do distanciamento social. O país precisa de uma mensagem unificada em que os interesses coletivos, em especial em relação à promoção da saúde, devem prevalecer.

Rodolfo Marques