Fake News, desinformação e efeitos políticos Rodolfo Marques 05.05.23 18h00 Um tema que está constantemente, em discussão, no Brasil, é a questão das notícias falsas. As Fake News e a consequente desinformação são mazelas contemporâneas, embora já se manifestassem, em outros formatos, em momentos passados. O pleito eleitoral de 2016, com a vitória do republicando Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos; o processo de retirada do Reino Unido da União Europeia – o chamado Brexit –, a partir do mesmo ano, principalmente; e as eleições presidenciais brasileiras em 2018, com a vitória de Jair Bolsonaro (então, no PSL e hoje no PL), suscitaram uma série de pesquisas acadêmicas e discussões a respeito o uso das notícias falsas como estratégias de comunicação política Nesse contexto, aliás, o deputado federal Orlando Silva Júnior (PCdoB-SP) é o relator do Projeto de Lei 2630/2020, que institui a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet. O texto trata de medidas de combate à disseminação de conteúdos falsos nas redes sociais, como Facebook e Twitter, e em serviços de mensagens privadas, como Telegram e WhatsApp, por exemplo. Vários setores têm se mobilizado para tratar o assunto. Algumas Big Techs, que detém diversas plataformas digitais, são contrárias ao projeto – e chegaram a realizar ações de comunicação, associando-o à perspectiva da censura. Os defensores do PL 2630 entendem que é necessário avançar nas discussões a respeito da responsabilização dos meios e dos autores de notícias falsas. Também entra em debate quais serão as instituições a viabilizar a estrutura de fiscalização e regulamentação das plataformas a fim de diminuir substancialmente a propagação de notícias falsas. Torna-se essencial pensar que todas as empresas que veiculam conteúdos, inclusive, por óbvio, as mídias e redes sociais, precisam desenvolver mecanismos para evitar o espalhar desenfreado de desinformação. Como quaisquer setores econômicos, há necessário que haja regras e divisão de responsabilidades. A mudança no modelo da regulamentação das formas e dos conteúdos digitais é uma pauta relevante na sociedade – e, atualmente, tratada como prioridade pelo próprio governo federal. No país, está em vigor, nesse contexto, o Marco Civil da Internet – ou Lei 12.965 de 23/04/2014 –, que fortalece a privacidade e a proteção de dados pessoais, com a emergência dos princípios, direitos, garantias e deveres para o consumo de internet no Brasil. Assim, é possível concluir que a liberdade de expressão, muito evocada neste debate, é importante e está prevista na Constituição brasileira. Todavia, como qualquer outra liberdade, ela não é absoluta. Os interesses coletivos e o espírito público devem prevalecer em relação às demandas individuais; as regras e leis vão se moldando conforme o próprio desenvolvimento social e as mudanças culturais por que passam as sociedades, como a brasileira. Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave colunas rodolfo marques COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Rodolfo Marques . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM RODOLFO MARQUES Rodolfo Marques Preparativos para a COP 30: ações dos governos aceleram a menos de um ano do evento 13.12.24 14h00 Rodolfo Marques Belém-PA: prefeito eleito indica tendências ao escolher primeiros nomes do secretariado 29.11.24 16h00 Rodolfo Marques Cúpula de Líderes G20: Brasil retoma protagonismo nas arenas internacionais 22.11.24 16h00 POLÍTICA Pará na COP-29: discursos, debates e o ensaio geral para 2025 15.11.24 15h24