Eleições presidenciais 2022: quais serão as principais marcas deste pleito? Rodolfo Marques 15.07.22 18h00 Entre 20 de julho e 05 de agosto, partidos e pré-candidatos devem oficializar seus alinhamentos e encaminhamentos para as eleições de 2022, com a realização das convenções partidárias. Boa parte dos cenários já foi desenhada, mas as composições e alianças podem se modificar, tanto para as disputas majoritárias quanto para as proporcionais. A propaganda eleitoral em rádio e televisão começa na segunda quinzena de agosto. Nesse contexto, há um grande grau de atenção aos discursos e falas em aparições públicas, em especial dos candidatos mais bem colocados nas pesquisas. No caso das eleições presidenciais, os líderes das pesquisas, o ex-presidente Lula (PT) e o atual presidente Jair Bolsonaro (PL), vêm procurando estratégias distintas. No cenário do petista, há um movimento para buscar mais apoios na classe política, além de reforçar suas intenções de voto já muito consistentes no Nordeste, além de procurar ampliar sua vantagem nos grandes colégios eleitorais do Sudeste – São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Lula também tem buscado discursos mais moderados, embora faça fortes críticas à gestão e à postura de Jair Bolsonaro. Lula tem conseguido capitalizar apoio também junto a vários grupos da classe artística – como, por exemplo, a recente declaração de voto da popstar Anitta. Certamente, os casos de corrupção envolvendo dirigentes e aliados do PT, no passado, virão à tona, abordados pelos adversários – e caberá à candidatura de Lula saber lidar com essa “enxurrada” de abordagens sobre o tema. Por outro lado, o presidente Jair Bolsonaro busca manter alinhada e mobilizada sua base de apoio mais radical, dizendo que as pessoas tenham o direito de se armar, fazendo críticas permanentes à esquerda e mantendo o clima de acirramento, com atritos, bravatas e tumultos. No geral, ele tem conseguido êxito nestas ações. Dois pontos comuns na estratégia de comunicação político-eleitoral de Bolsonaro: a manutenção dos constantes ataques às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral brasileiro e o alinhamento do discurso à pauta de costumes, algo que lhe foi essencial na vitória na campanha de 2018. Ao mesmo tempo, houve o movimento para a aprovação da PEC dos Benefícios, ponto de conexão com os eleitores mais pobres, e que terá validade entre agosto e dezembro de 2022. O episódio ocorrido em Foz de Iguaçu-PR, no dia 9 de julho, com a morte do sindicalista Marcelo Arruda, na festa de seu aniversário, causada por um ato insano e violento do policial penal federal Jorge Guaranho, evidenciou o clima de intolerância que, de certa forma, acaba respaldado por manifestações públicas de atores que consideram o uso da violência política. A sensação de instabilidade acaba gerando dúvidas também sobre se as eleições efetivamente acontecerão dentro da programação – nos dias 02 de outubro (primeiro turno) e 30 de outubro (segundo turno). Assim, quando olharmos para as eleições de 2022, no futuro, em especial para o pleito presidencial, quais terão sido as principais marcas? Terá havido a prevalência da instabilidade, da intolerância, dos tumultos e de episódios de violência política? Ou será que o país terá buscado o caminho da conciliação e de fortalecimento das instituições democráticas? O sufrágio universal, a manifestação política e o controle social do poder público pela população, certamente, são ferramentas perenes para que os eleitores fortaleçam suas escolhas. Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave colunas rodolfo marques eleições 2022 COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Rodolfo Marques . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM RODOLFO MARQUES RODOLFO MARQUES Debates seguem como ferramenta para escolha eleitoral, mas com cada vez menos impacto 05.10.24 0h06 RODOLFO MARQUES Belém-PA: eleições para prefeitura mobilizam mais as campanhas do que os próprios eleitores 28.09.24 0h14 Rodolfo Marques A pouco mais de um ano da COP-30, Pará luta contra crise climática 20.09.24 14h43 Rodolfo Marques Pesquisas indicam provável segundo turno para as eleições para a prefeitura de Belém 13.09.24 20h18