Eleições presidenciais 2022 podem terminar no primeiro turno? Rodolfo Marques 27.05.22 18h12 Pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais, divulgadas na última semana de maio, realizadas pelos Institutos Datafolha e Ipespe, mostram uma acentuação da polarização nas candidaturas do ex-presidente Lula (PT) e do atual presidente Jair Bolsonaro (PL), que busca a reeleição. Para além disso, os dados revelam um incremento de chances de vitória do pré-candidato petista ainda no primeiro turno. Por óbvio, é preciso trabalhar com algumas hipóteses que consolidaram esse favoritismo de Lula e considerar que há pouco mais de 4 meses para a realização do pleito – e toda uma intensa campanha eleitoral a ocorrer nesse período. O Datafolha mostrou 48% de intenções de voto para o ex-presidente, com 27% de Bolsonaro, no primeiro turno, enquanto que o Ipespe identificou 11 pontos percentuais de vantagem a Lula (45% a 34%). Algumas hipóteses podem ser apresentadas para a consolidação e/ou ampliação das intenções de voto em Lula – e estão relacionadas aos seguintes fatores: a) uma melhor calibração da estratégia de comunicação da campanha do petista; b) um diálogo melhor com o eleitorado conservador de São Paulo, com a parceria de Geraldo Alckmin (PSB) como candidato a vice na chapa com o ex-presidente; c) a crise econômica brasileira, fomentada por ações equivocadas do governo federal e que tende a aumentar a já muito alta rejeição a Jair Bolsonaro e; d) o provável fracasso da autointitulada terceira via. Lula vem fortalecendo sua comunicação nas plataformas digitais e evitando maiores radicalizações, em direção oposta ao que vem fazendo o candidato à reeleição. Alguns dados das pesquisas do final de maio evidenciam um avanço de Lula junto ao público evangélico e, geograficamente, na região Sul do Brasil. A presença de Geraldo Alckmin pode ser um fator relevante nesse contexto. Ao mesmo tempo, a condução equivocada de Paulo Guedes na economia brasileira vem trazendo à tona problemas como a inflação, o crescimento do desemprego e o espraiar da fome no país, amplificados, sem dúvida, também, pela pandemia e pela maneira com a qual o Brasil lidou com a crise. No campo da “terceira via”, o ex-governador de São Paulo, João Dória Júnior, renunciou ao direito de concorrer à presidência pelo PSDB, após se sentir “abandonado” pelo seu partido; Simone Tebet busca apoios via MDB; e Ciro Gomes (PDT) continua “patinando” nas pesquisas, como momentos controversos como o “debate” com o humorista Gregório Duvivier. Assim, com boa parte dos eleitores brasileiros já decididos em suas escolhas eleitorais, as campanhas abordarão várias questões para buscar os votos dos indecisos e indicar se a eleição seguirá para o segundo turno, entre Lula e Bolsonaro, com maior ou menor grau de acirramento. Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave colunas rodolfo marques eleições 2022 COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Rodolfo Marques . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM RODOLFO MARQUES RODOLFO MARQUES Debates seguem como ferramenta para escolha eleitoral, mas com cada vez menos impacto 05.10.24 0h06 RODOLFO MARQUES Belém-PA: eleições para prefeitura mobilizam mais as campanhas do que os próprios eleitores 28.09.24 0h14 Rodolfo Marques A pouco mais de um ano da COP-30, Pará luta contra crise climática 20.09.24 14h43 Rodolfo Marques Pesquisas indicam provável segundo turno para as eleições para a prefeitura de Belém 13.09.24 20h18