BRICS 2023: novidades, mudanças e recomeços Rodolfo Marques 25.08.23 18h19 A capital sul-africana, Joanesburgo, recebeu, entre os dias 22 e 24 de agosto, a décima-quinta edição da Cúpula dos BRICS, grupo de acordos multilaterais formado, atualmente, por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Entre os vários assuntos discutidos, a pauta principal foi a ampliação do bloco. Cerca de 40 países de vários continentes já manifestaram interesse de se juntar ao grupo. Durante a Cúpula, foi aprovado o ingresso de seis novos participantes no BRICS, a partir de janeiro de 2024: Argentina, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã. A expansão do número de membros do BRICS foi um tema recorrente defendido pelo presidente brasileiro, Luís Inácio Lula da Silva (PT-SP). A defesa de Lula se deu principalmente em relação ao vizinho e um dos principais parceiros comerciais do país – a Argentina, que vive uma grave crise econômica e que terá eleições presidenciais em 22 de outubro. Dois dos favoritos ao pleito platino, aliás – o ultradireitista Javier Milei e a candidata da coalizão “Juntos por el cambio”, Patricia Bullrich – declararam que não têm interesse na participação do país no BRICS. A cúpula do BRICS teve a participação dos presidentes Lula, do Brasil; Cyril Ramaphosa, da África do Sul; e Xi Jinping, da China (China); além do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, participou de forma remota. A Rússia permanece em guerra com a Ucrânia desde fevereiro de 2022, e o assunto surgiu no encontro, mesmo que de forma transversal. Lula enfatizou, em sua fala, a importância geopolítica do bloco, no contexto das economias emergentes, além de apresentar o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que deve movimentar mais de 340 bilhões de dólares, como um vetor de oportunidades para os países integrantes do BRICS. Assim, é indiscutível a necessidade de eventos com a Cúpula do BRICS para a discussão de parcerias econômicas entre países que têm interesses comuns, deixando vieses ideológicos em segundo plano. Nesse sentido, para o Brasil, acaba sendo um importante avanço diplomático, no esforço empreendido pelo governo Lula na retomada do protagonismo do país no âmbito regional e na recolocação do Brasil nas principais arenas internacionais, após o quadriênio desperdiçado entre 2019 e 2022. Entre no nosso grupo de notícias no WhatsApp e Telegram 📱 Palavras-chave colunas rodolfo marques COMPARTILHE ESSA NOTÍCIA Rodolfo Marques . Desculpe pela interrupção. Detectamos que você possui um bloqueador de anúncios ativo! Oferecemos notícia e informação de graça, mas produzir conteúdo de qualidade não é. Os anúncios são uma forma de garantir a receita do portal e o pagamento dos profissionais envolvidos. Por favor, desative ou remova o bloqueador de anúncios do seu navegador para continuar sua navegação sem interrupções. Obrigado! ÚLTIMAS EM RODOLFO MARQUES RODOLFO MARQUES Debates seguem como ferramenta para escolha eleitoral, mas com cada vez menos impacto 05.10.24 0h06 RODOLFO MARQUES Belém-PA: eleições para prefeitura mobilizam mais as campanhas do que os próprios eleitores 28.09.24 0h14 Rodolfo Marques A pouco mais de um ano da COP-30, Pará luta contra crise climática 20.09.24 14h43 Rodolfo Marques Pesquisas indicam provável segundo turno para as eleições para a prefeitura de Belém 13.09.24 20h18